Barbalha tem registrado baixas temperaturas

Escrito por Antonio Rodrigues - Colaborador ,

Barbalha. Um lençol a mais, uma fogueira ou uma blusa de manga comprida. A população deste Município, no Cariri cearense, fez o que pôde para ficar aquecida nos últimos dias. Isso porque a Terra dos Verdes Canaviais registrou temperatura mínima de 16,3ºC, na última quarta-feira (13), e 16,8ºC nessa quinta-feira, segundo os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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No último intervalo de 24 horas de ontem, também foram registradas temperatura baixas no Município de Tauá (16,6°C), no Sertão dos Inhamuns; e em Guaramiranga (18°C), no Maciço de Baturité.

No mês de junho, Barbalha tem uma temperatura mínima média de 20°C, caindo para 19,7°C, em julho. A partir de maio, as temperaturas na cidade são geralmente mais baixas, sobretudo durante a noite e madrugada. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a pouca nebulosidade na região observada por meio de satélite, assim como a localização geográfica de Barbalha, que fica aos pés da Chapada do Araripe, contribuiu para o tempo mais ameno.

A temperatura tende a diminuir porque, no Hemisfério Sul, região do Planeta onde o Ceará está situado, se aproxima o inverno, que começa oficialmente no dia 21 de junho. No entanto, no Sul do Estado, o frio é mais perceptível se comparado a Fortaleza, por exemplo.

A partir do fim deste mês, poderá haver uma forte variação, com calor de dia e frio à noite. O menor registro de temperatura em Barbalha foi de 10,4 °C, no dia 26 de dezembro de 1976, de acordo com o Inmet.

No sopé da Chapada do Araripe, entre Crato e Barbalha, a temperatura fica ainda menor, segundo a dona de casa Filomena do Nascimento, que mora no Sítio Currais. "De noite, está bem gelado. A gente faz um foguinho, demora um pouco, enquanto assiste a novela", descreve.

Lá, nem mesmo ela e seus vizinhos, que já são acostumados ao frio, estavam preparados para esta queda de temperatura. Um lençol já não é suficiente, por isso, coloca um por cima do outro. "É mais pelo vento, no mês de junho e julho. Mas eu prefiro o frio, porque se enrola do pés à cabeça e a muriçoca não pica. Pior quando está quente que nem o calor, nem as muriçocas deixam a gente dormir", diz.