Audiência discute proteção de bichos

Escrito por Redação ,
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Assembleia Legislativa e Uipa realizam audiência para discutir o extermínio de animais no período que antecede o Carnaval

Fortaleza. A partir das 14h30 de hoje, representantes do movimento de proteção aos animais, prefeitos, gestores e promotores públicos participam de audiência pública, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, nas Salas das Comissões, para discutirem a matança de animais no período antes do Carnaval e a realização de corridas de jumento, no Ceará.

"A nossa proposta é que as autoridades cumpram a lei de proteção aos animais e que o Estado crie novos centros de zoonoses", antecipa a presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), no Ceará, Geuza Leitão, sobre a discussão de logo mais.

Durante o encontro, a Uipa fará a apresentação da legislação e de decisões do Tribunal de Justiça do Ceará sobre a eutanásia de animais e a realização de corridas de jumento no Estado. "Há decisão da Justiça nos dois casos. De acordo com a lei e com o TJCE, é crime ambiental, mas as Prefeituras continuam com a prática de matar sem cuidados os animais e de apoio às corridas", afirmou Geuza. Será entregue, também, um abaixoassinado com mais de 15 mil assinaturas para a proibição dessas práticas. "A sociedade não aceita mais as crueldades contra os animais", completou.

Segundo a Uipa, desde o ano 2000 a entidade alerta o Ministério Público e a sociedade sobre a matança de cães e gatos, principalmente, nas cidades do Interior, neste período, sem os devidos cuidados previstos pela legislação: anestesia e acompanhamento de veterinário. "Muitas vezes são os próprios funcionários da Prefeitura que sacrificam os animais, sem anestesia", afirmou Geuza Leitão.

Atualmente, o Estado do Ceará só dispõe de quatro Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) nas cidades de Fortaleza, Maracanaú, Crato e Sobral. Para a Uipa, a quantidade é insuficiente para oferecer tratamento adequado aos animais e à sociedade. "Se fossem criados pelo menos mais 15 CCZ´s, que atendessem de forma regional", questiona a presidente da Uipa, sugerindo o atendimento regional.