Renovação pode ser expressiva

Escrito por Redação ,

Além dos pontos que podem ser aprovados na Reforma Política que está sendo discutida no Congresso Nacional, parlamentares cearenses acreditam que a descrença da população na figura do homem público também dará o tom das eleições do próximo ano. De acordo com alguns deputados entrevistados pelo Diário do Nordeste, a tendência é que a renovação da composição da Assembleia seja maior do que a que ocorreu em 2014, quando mais da metade do Legislativo Estadual foi renovada.

O deputado Roberto Mesquita (PSD) diz que ainda não decidiu se vai tentar reeleição no próximo ano ou se apoiará outro nome. De acordo com ele, o cenário político-eleitoral para 2018 é "nebuloso", tanto pela Reforma Política que está sendo discutida quanto pelo descrédito que a população está tendo com os políticos. Segundo disse, esses serão os fatores responsáveis por uma renovação expressiva dos quadros do Legislativo.

O deputado Julinho (PDT), membro da Mesa Diretora da Casa, afirmou que o percentual de renovação de 2014 deve se repetir ou aumentar, uma vez que a população está acompanhando mais de perto os atos de seus representantes políticos. "Se determinado candidato não atender aos anseios da população, com certeza, o voto do eleitor será mudado, porque todo mundo está mais atento".

Renato Roseno (PSOL) também crê em uma renovação expressiva dos assentos na Assembleia. No entanto, ele acredita que isso dependerá em boa parte do foco que os partidos vão dar, mas sobretudo se a sociedade civil organizada adotar uma postura mais assertiva no sentido de apresentar novos quadros.

Para o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Audic Mota (PMDB), porém, a exemplo do que aconteceu em 2014, metade da Casa será renovada. "Existem nomes novos surgindo, além de outros que sairão de outros parlamentos. Mas muito dessa renovação vai depender da Reforma Política em discussão, visto que algumas candidaturas dependem das mudanças que estão sendo discutidas". O peemedebista disse que a Reforma Política deve influenciar mais a renovação dos assentos da Assembleia.

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