Propostas do futuro Governo geram avaliações entre parlamentares

O fim do Ministério do Trabalho e a Reforma da Previdência, principais temas da semana, motivam manifestações entre deputados federais do Ceará

Escrito por Carol Curvello, em Brasília ,

As declarações de Jair Bolsonaro sobre o fim do Ministério do Trabalho e outras sinalizações do futuro governo, como a Reforma da Previdência, causaram, nesta semana, reações de membros da bancada cearense na Câmara dos Deputados.

O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB) defendeu que ainda é cedo para se discutir a pauta do novo governo no Congresso. Ele alegou que os deputados não têm conhecimento da Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro e há um impedimento constitucional para se votar qualquer reforma até o final de dezembro.

"O futuro governo quer acelerar a aprovação da reforma, mas isso não vai acontecer sobre pena de ter que cancelar a intervenção no Rio de Janeiro. Pode se ter diálogo, debate nas comissões mas chegar no plenário é mais difícil".

Por outro lado, o deputado Danilo Forte (PSDB) disse que a reforma precisa ser feita, e o futuro governo precisa dialogar com os parlamentares para fazer as mudanças necessárias. "Precisamos de uma pauta pra votar, e que as matérias sejam para ajudar o novo governo", defendeu.

A deputada Luizianne Lins (PT) se referiu as declarações de Bolsonaro como "desastrosas". Segundo a petista, o presidente eleito tem usado uma política de "vai e vem", pelo fato de toda hora ter uma ordem diferenciada. "O que a gente vê é gente batendo cabeça, acho um desastre todas as propostas que são colocadas e a redução dos ministérios".

O deputado José Guimarães (PT) informou que a oposição vai impedir ao máximo a votação de qualquer reforma. Já o anúncio da extinção do Ministério do Trabalho foi considerado um "retrocesso" pelo deputado André Figueiredo (PDT). Ele diz ter esperança do futuro governo retroceder na decisão.

"É uma Pasta que tem uma dimensão no trabalho que assusta inclusive no parâmetro internacional já que a grande maioria dos países tem o ministério do trabalho, tenho a esperança que ele retroceda", disse o pedetista.

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