Paulo César Norões: Que seja pelo menos um gestor eficiente

Escrito por Paulo César Norões ,
Foto: Foto: AFP

Consumada a demissão de Ricardo Vélez Rodriguez, resta a expectativa de como se posicionará o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Com ele no MEC, Bolsonaro desfaz especulações de que poderia usar a Pasta para ampliar a base no Congresso. O presidente, ao contrário, preferiu prestigiar a ala ideológica de seu grupo político e manter o foco na intenção de mudar o perfil da Educação alinhado ao ideário dos governos anteriores. A ideia de Bolsonaro é, através do MEC, combater o pensamento de esquerda.

É algo discutível, sim, mas não se pode esquecer que a tal "revolução cultural" defendida por Bolsonaro foi uma promessa de campanha aos conservadores que nele votaram.

Ideologias à parte, o que se espera é que o novo ministro seja, pelo menos, um bom gestor. Os primeiros meses de Governo como secretário-executivo da Casa Civil, acompanhando pari passu as ações do ministro Onyx Lorenzoni, devem ter dado a ele ao menos uma noção de como funciona a máquina administrativa, evitando, assim, as trapalhadas cometidas pelo antecessor.

Lide prestigiado

Ao discursar no Forum Empresarial Lide, em Campos do Jordão (SP), o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia agradou a plateia ao dizer que defende um Estado mais eficiente, menos burocrático e mais barato. Nos últimos 30 anos, segundo Maia, foi construída uma estrutura do Estado brasileiro, onde as corporações públicas e privadas capturaram o orçamento público. O Brasil tem um orçamento primário de 1 trilhão e 400 bilhões de reais, no qual a capacidade de investimento real vai finalizar na ordem de 40 a 50 bilhões de reais. Um custo altíssimo, que termina consumindo recursos que deveriam ir para Saúde, Educação e Segurança. Além de Rodrigo Maia, estavam presentes o presidente do Senado, David Alcolumbre, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O Lide Ceará estava representado por sua presidente, Emília Buarque.

Preparando o caminho

Deputado federal Capitão Wagner (Pros) acredita ser possível reunir a base do Governo Bolsonaro no Ceará em torno de sua candidatura a prefeito de Fortaleza, no ano que vem. Wagner compreende o desejo do PSL de ter candidato próprio, mas acredita que é possível o entendimento, visto que o prefeito Roberto Cláudio e, por extensão, todo o grupo político dos Ferreira Gomes, vai vir forte para manter a hegemonia política na Capital. "Juntos seremos mais fortes", acredita o Capitão.

Vai ter disputa

Promete ser boa a briga pela Prefeitura do Crato, em 2020. O jovem médico Aluísio Brasil trocou o PSDB pelo Pros e, com as bênçãos do deputado Capitão Wagner, vai para o embate com José Ailton Brasil, que deverá tentar a reeleição. Wagner foi ao Crato no último domingo ver os estragos do deslizamento de terra provocado pelas chuvas na encosta do Seminário, sempre acompanhado do futuro candidato.

Indecisa

A incorporação do PPL pelo PCdoB deixou em dúvida Larissa Gaspar, quanto ao seu futuro político. A jovem e atuante vereadora de Fortaleza dificilmente ficará na legenda. Entre as opções, voltar pro PT ou migrar pro PSB.

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