Paulo César Norões: Meta é desfazer imagem ruim

Escrito por Redação ,

Eleição polarizada como esta presidencial pressupõe que, ao menos no primeiro turno, quem votou em Haddad e Bolsonaro o fez por convicção. Daí a certeza dos dois candidatos de que, com esses votos já garantidos, é hora de ir em busca daqueles que não votaram em nenhum dos dois. O primeiro dia da propaganda no rádio e TV nesse viés. Bolsonaro baixou o tom, moderou o discurso. Chegou até a dizer que não se considera de extrema direita. Haddad, por seu turno, procurou ser mais Haddad. Deixou Lula de lado e trocou até o vermelho do PT pelo verde-amarelo da bandeira do Brasil no seu material de campanha. É a estratégia de desconstruir os pontos negativos que levam parte dos eleitores a rejeitá-los. Bolsonaro, que é acusado de machista, chegou a chorar ao falar da filha caçula. Já Haddad foi à Missa e ainda levou a vice Manuela D'Ávila, assumidamente ateia. É a caça aos votos.

Ela voltou

Em 2002, a atriz Regina Duarte, na contramão da maioria de seus colegas artistas, que cantavam em coro o "Lula-lá", apareceu em programa de José Serra para dizer que apoiava o tucano porque tinha medo de Lula chegar à presidência. O ato inspirou slogan petista de que "A esperança venceria o medo". Agora a "namoradinha do Brasil" dos anos 1970 reaparece na política, desta vez para apoiar Jair Bolsonaro. Regina visitou o candidato do PSL, que postou foto com ela nas redes sociais.

Farpas trocadas

E o clima beligerante da política contaminou até ex-companheiras da Seleção brasileira de vôlei. Ana Paula postou indireta no Twitter sobre a incoerência de alguém defender o socialismo mas, quando jogadora, ter se posicionado contra a divisão equitativa dos prêmios entre as colegas. Ana Moser vestiu a carapuça e respondeu, negando o fato. Ana Paula, endureceu: "Não vou dialogar ou debater com defensora de organização criminosa e de presidiário. Favor não insistir". As duas participaram da conquista da primeira medalha olímpica do nosso vôlei feminino, o bronze em Atlanta, em 1996.

Em alta

Deputado estadual Fernando Hugo (PP) não só comemorou a reeleição - vai para o oitavo mandato consecutivo - como também a reafirmação de sua liderança em Messejana, seu berço político. Liderança essa retratada na sua própria votação e na de seus aliados, o governador Camilo Santana, que teve 23.537 votos lá, e o senador-eleito Cid Gomes, que recebeu quase a mesma quantidade, 23.350. Hugo lembra ainda que o prefeito Roberto Claudio teve lá suas maiores votações, sempre com o apoio dele e de seus apoiadores.

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