Paulo César Norões: agora é tudo ou nada pro PT

Escrito por Paulo César Norões ,

Do pescoço pra baixo é canela! A frase, que virou bordão do deputado estadual e apresentador Ferreira Aragão nos seus programas de TV, é uma metáfora para uma luta onde só não vale dar na cara do adversário. É para onde se encaminha a campanha de Fernando Haddad, nesta última semana de campanha. O problema é que todas as tentativas de desconstrução de Jair Bolsonaro não surtiram efeito, conforme as pesquisas. O jeito, então, é partir para o vale tudo. Nos programas de rádio e TV e nos vídeos postados nas redes sociais, Haddad já aparece de forma mais contundente, deixando de lado o jeito tradicional de bom moço. E bate no adversário de forma categórica, explorando as controvérsias que o cercam e suas posições politicamente incorretas. Uma estratégia já tentada por Geraldo Alckmin na reta final do primeiro turno e que não deu resultado - o tucano ficou em quarto lugar, com parcos 4% dos votos. Haddad, porém, não vê outra alternativa. É bater e ver o que acontece.

À la Ciro

Marina Silva enfim se posicionou. Declarou "voto crítico" em Fernando Haddad. Ex-petista, há quatro anos foi criticada por optar por Aécio Neves no segundo turno, em detrimento de Dilma Roussef. Normal, ela havia sido massacrada pela propaganda petista. Ademais, o PSDB tinha perfil de centro-esquerda. Hoje, não. Difícil para uma ambientalista votar em candidato identificado com o agronegócio.

Barreira

A REDE de Marina, aliás, não conseguiu atingir a cláusula de barreira. Com isso, perderá direito a tempo de TV e acesso ao fundo partidário. O tradicional PCdoB, da vice de Haddad, Manuela D'Ávila, partida mais antigo do Brasil em atividade, também não atingiu a cláusula de barreira. Entre os deputados federais não reeleitos, o cearense Chico Lopes. Ex-senador Inácio Arruda também tentou, sem sucesso, uma cadeira na Câmara Federal.

Ficha limpa

Reeleito, Heitor Férrer (SD) seguirá fazendo oposição a Camilo na Assembleia, apesar de estar num dos partidos da base governista. Férrer, porém, não é só crítico, também propõe. É dele projeto de lei que exige certidão negativa da Justiça Estadual para quem for exercer cargo público no Estado. O projeto reforça emenda constitucional do próprio Férrer que institui a Ficha Limpa.

Danado

"Camilo vai sentir saudade do Capitão Wagner". Palavra de um iguatuense próximo de André Fernandes (PSL), deputado estadual mais votado este ano, no Ceará. A julgar pelos vídeos que ele posta na internet, é bom não duvidar.

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