Theóphilo elogia segurança no Ceará: "melhores índices do Brasil"

A fala de Theóphilo acontece meses após um atrito entre sua secretaria e o governo do Estado

Escrito por Redação ,
Legenda: Theóphilo também negou qualquer racha dentro do governo
Foto: Ministério da Justiça e Segurança Pública

O secretário nacional de segurança pública, Guilherme Theóphilo, elogiou a segurança pública no Ceará. Em entrevista publicada hoje no site do diário pernambucano Jornal do Commércio, comemorando as quedas nos índices de violência no País, o general da reserva declarou que "não é um trabalho isolado da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), é de todos os governos estaduais e municipais. No Ceará, por exemplo, iniciamos o ano com uma crise violenta de segurança pública, e hoje o Estado tem os melhores índices do Brasil".

A fala de Theóphilo acontece meses após um atrito entre sua secretaria e o governo do Estado. Em março, o general - derrotado pelo governador Camilo Santana (PT) ainda no primeiro turno da eleição do ano passado - culpou o Palácio da Abolição pela ausência de Maracanaú entre as cidades a receberem inicialmente o Plano Nacional de Enfrentamento aos Crimes Violentos. “Se o Estado, que é o meio de campo, não funcionar, não tenho como fazer o projeto aqui. Eu mudei para Pernambuco, porque o governador se abriu. Piauí já pediu, vários estados têm interesse. Mas no Ceará, a gente não teve a receptividade que tivemos no restante do País”, alegou o general a época.

Este mês, em audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça Sérgio Moro minimizou o episódio. Segundo ele, Maracanaú não foi incluída no programa por um "ruído". "Houve alguma espécie de ruído entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública e governo do estado do Ceará, ruído que, ao meu ver, é uma coisa pequena, mas aí acabou se optando por outra cidade, no estado de Pernambuco", disse o ex-magistrado.

Falsa polêmica

Na mesma entrevista, Theóphilo aproveitou para negar que haja qualquer disputa entre as alas do governo. "Isso só existe na cabeça da imprensa", declarou. Ele afastou qualquer racha entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). ""Somos, os três, contemporâneos. Somos da mesma arma, somos paraquedistas, servidos os tres juntos como tenentes no Rio de Janeiro. Então, não como não termos irmandade e confiança um no outro", explica.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.