Temer assina extradição de Battisti, que já tem pedido de prisão do STF

O italiano encontra-se foragido, segundo a Polícia Federal, depois do pedido de prisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal

Escrito por Redação ,

O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (14) o decreto de extradição do italiano Cesare Battisti, segundo informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Battisti havia sido citado pelo então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), em outubro, antes do segundo turno, que prometeu extraditá-lo caso fosse eleito.

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Condenado por crimes na década de 1970, o italiano encontra-se foragido, segundo a Polícia Federal, depois do pedido de prisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. Buscas são feitas para tentar encontrar o estrangeiro, que mora em Cananeia (SP), mas não estava em casa quando os agentes chegaram.

Entenda o caso

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios, cometidos quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou em 2004 ao Brasil, onde foi preso três anos depois.

O governo italiano pediu a extradição de Battisti, aceita pelo Supremo Tribunal Federal. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que ele deveria ficar no Brasil na condição de refugiado político.

Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011. Ele voltou a ser preso em outubro do ano passado na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele tentou sair do país ilegalmente com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.

O governo italiano havia pediu a extradição de Battisti, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti poderia ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo Supremo. Com a decisão de Temer, a Itália consegue algo que vinha pedindo ao governo brasileiro há oito anos.

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