Sérgio Camargo volta para a presidência da Fundação Palmares, diz Bolsonaro

Decisão judicial havia suspendido sua indicação ao cargo por avaliar que ele "contraria frontalmente os motivos que levaram à criação do instituto". No entanto, na quarta-feira, a decisão foi revista pelo presidente do STJ, João Otávio de Noronha

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Nesta quinta, Bolsonaro não respondeu se a atriz Regina Duarte, que deve assumir a Secretaria Especial da Cultura em breve, foi consultada sobre Camargo
Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, após liberação da Justiça, o jornalista Sérgio Camargo deve retornar para a presidência da Fundação Palmares. "Ele volta para lá", disse Bolsonaro a jornalistas na manhã desta quinta-feira, 13. "Acho que o garoto que foi liberado ontem é uma excelente pessoa", elogiou o presidente.

Sérgio Camargo foi indicado no rol de mudanças promovidas pelo ex-secretário especial da Cultura Roberto Alvim, recentemente exonerado após fazer referência ao nazismo em vídeo divulgado nas redes sociais. Na época, decisão judicial suspendeu a sua indicação ao cargo por avaliar que a decisão "contraria frontalmente os motivos que levaram à criação do instituto". Na quarta-feira, a decisão foi revista pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha.

Após o anúncio da nomeação de Sérgio Camargo, diversas publicações nas redes sociais levaram a questionamentos sobre sua visão sobre o movimento negro. Ele se manifestou contra, por exemplo, ao Dia da Consciência Negra.

Em seu perfil no Facebook, o Camargo também afirmou que o Brasil tem "racismo nutella". "Racismo real existe nos EUA. A negrada (sic) daqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda" escreveu.

Nesta quinta, Bolsonaro não respondeu se a atriz Regina Duarte, que deve assumir a Secretaria Especial da Cultura em breve, foi consultada sobre Camargo. Diante da insistência de um jornalista sobre a pergunta, ele reagiu: "cara chato". E continuou sem esclarecer.

Pouco antes, ao falar de Regina Duarte, Bolsonaro falou que os seus ministros e secretários podem indicar quem quiserem, mas reforçou que o presidente tem poder de veto. "O que acontece com a Regina Duarte? Eles podem indicar (funcionários) e eu tenho poder de veto. Acontece com todo mundo", declarou. O presidente disse que ainda não há data definida para a nomeação de Regina.

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