Secretários e gestores de Cultura de 21 estados lançam carta “Fica, MinC”

Para titular da Cultura no Ceará, Fabiano Piúba, incorporação do MinC pelo Ministério da Cidadania pode gerar um efeito cascata em estados e municípios

Escrito por Márcio Dornelles ,

Secretários e gestores de cultura de 21 estados do Brasil e Distrito Federal lançaram nesta segunda-feira (3) a Carta AbertaFica, MinC! Em defesa da permanência do Ministério da Cultura”, com posicionamento contrário ao anúncio de extinção da pasta. O documento foi assinado pelo Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Cultura dos Estados e o Fórum Nacional dos Secretários e Gestores da Cultura das Capitais e Municípios Associados.

A carta alerta para a “gravidade do anúncio da extinção do Ministério da Cultura (MinC)” e se manifesta “em defesa da integridade, permanência e fortalecimento institucional do Ministério”. Os gestores afirmam que “a cultura é um direito fundamental e constitucional e é essencial a manutenção de estrutura adequada para a existência permanente e perene de órgãos próprios que possam gerir e executar políticas públicas”.

Foto: Imagem: Divulgação

No final do documento “Fica, MinC”, os secretários conclamam “a sociedade brasileira e, principalmente, o novo Governo Federal, a fazer uma profunda reflexão e reverter a decisão de extinção do órgão, mantendo a integridade do Ministério da Cultura”.

Mobilização

A assinatura do secretário de Cultura do Ceará, Fabiano Piúba, também está na carta. Ao Diário do Nordeste, afirmou que a futura pasta denominada Ministério da Cidadania “é tudo e absolutamente nada, quando propõe agregar, desenvolvimento social, política sobre drogas e mais outras pastas”. Piúba lembra a mobilização em 2016, sob a ameaça de extinção pelo governo Temer. “É um equívoco enorme desse governo fazer essa integração”, resumiu.

Para o secretário estadual e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, a incorporação do MinC pelo Ministério da Cidadania abriria a possibilidade para um efeito cascata em estados e municípios. Fabiano Piúba afirma que tem “mais esperança que otimismo” na manutenção do MinC, usando como esteio a mobilização de entidades e artistas contra a medida.

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