Renan Calheiros e Eduardo Girão trocam farpas nas redes sociais após ação no STF

O bate-boca virtual ocorre a duas semanas da eleição da Mesa Diretora do Senado Federal

Escrito por Wagner Mendes , wagner.mendes@verdesmares.com.br

O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), foi ao Twitter, na tarde desta quarta-feira (16), para disparar críticas contra o senador eleito pelo Ceará, Eduardo Girão (Pros). O cearense usou o mesmo espaço nas redes sociais para rebater o colega de parlamento. 

Na publicação, o senador alagoano afirma que Girão, "a pedido de Tasso e a exemplo de Lasier", entra no STF "contra o Senado". O parlamentar diz ainda que o cearense é "ex-dono da Ultralimpo, Empal, Ceará, Thompson, Servis, que enganou mais de 40 mil empregados". 

Renan encerra a publicação afirmando que Girão, que é empresário, "é o terceiro maior devedor da Previdência do Brasil e o maior do Ceará... e deportado dos EUA...", completa.

Também em sua conta no Twitter, Eduardo Girão rebateu o colega e prometeu acionar a justiça. "Renan ataca após acionarmos o STF para moralizar a eleição no Senado. Medidas judiciais serão tomadas contra calúnias dele. Vim à March For Life nos EUA, de onde ele disse que fui deportado. Sou independente e intimidações podiam até funcionar antes... Agora os tempos são outros!", escreveu.

Eleição no Senado

As críticas de Calheiros ocorrem dois dias depois que o senador eleito pelo Pros entrou com mandado de segurança no STF para impedir que se candidatem à presidência do Senado indiciados ou réus em processos na Suprema Corte. 

No documento, Girão defendeu os princípios da moralidade e da probidade administrativa. "Foram princípios da moralidade e da probidade que me motivaram a entrar com mandato para resguardar a lisura de uma eleição tão importante", afirmou. 

Renan Calheiros responde a denúncias por corrupção no STF, inclusive na condição de réu. A provocação ao Supremo será analisada pelo vice-presidente Luiz Fux. A eleição do presidente do Senado será feita após a posse dos novos senadores, prevista para 1º de fevereiro. 

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