PDT impediu cearenses do partido de apoiar reforma da Previdência

A legenda, que tem a maior bancada no Estado, deu oito votos ao texto, mas nenhum do Ceará

Escrito por Inácio Aguiar ,
Legenda: O texto deve ser votado em segundo turno nesta sexta-feira (12)
Foto: Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Parlamentares da bancada do PDT no Ceará foram enquadrados pela instância nacional da sigla para não votarem a favor da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Pelo menos dois parlamentares estariam inclinados a votar no texto do governo. Na votação final, nenhum pedetista cearense votou favorável à matéria.

Um deles, o deputado Eduardo Bismarck, afirmou ao Diário do Nordeste que parte da bancada nacional tinha a intenção de apoiar o texto depois da mudança em diversos pontos na Comissão Especial. Havia ainda uma movimentação para a não penalização de quem votasse favorável à proposta, como o caso da deputada eleita por São Paulo, Tabata Amaral, que já sofria retaliação nas redes sociais horas antes da votação. 

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A pressão da legenda, no entanto, evitou que o Governo tivesse todos os votos do PDT que contabilizava na quarta-feira (10). Bismarck acabou seguindo a orientação do partido e votando, contra a vontade, pela derrota da proposta costurada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Após a votação, um grupo de deputados dentro do partido tenta convencer os dirigentes do PDT, como o próprio presidente do partido, Carlos Lupi, e o ex-ministro Ciro Gomes, a evitar uma punição aos parlamentares que apoiaram a reforma do Governo. O processo na comissão de ética da legenda pode resultar em expulsão da sigla. 

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