'Ninguém é obrigado a continuar como ministro meu', diz Bolsonaro sobre fala de Paulo Guedes

Comentário de Bolsonaro é resposta a entrevista em que o ministro da Economia disse que deixará o governo caso a reforma da Previdência vire uma 'reforminha'

Escrito por Redação ,
Legenda: Presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a entrevista de Paulo Guedes à revista Veja, na qual disse que vai "embora para casa" se perceber que a reforma não será aprovada
Foto: Reprodução

Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, 24, após participar da reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, no Recife, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a entrevista do ministro da Economia, Paulo Guedes à revista semanal Veja, na qual disse que vai "embora para casa" se perceber que a reforma não será aprovada.

"Ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente, ele está vendo uma catástrofe. E é verdade, concordo com ele, se nós não aprovarmos uma reforma muito próxima da que nós enviamos para o parlamento. Então, o Paulo Guedes não é nenhum vidente, não precisa ser, para entender que o Brasil mergulha num caos econômico sem a aprovação dessa reforma", afirmou Bolsonaro.

A declaração do presidente foi dada após a reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no Recife. Na primeira visita ao Nordeste desde que foi eleito, Bolsonaro também pediu apoio dos nove governadores da região e de Minas Gerais, presentes no evento, para a aprovação da reforma da Previdência.

Em sua primeira viagem oficial ao Nordeste, Bolsonaro fez um apelo a governadores e prefeitos para que trabalhem pela aprovação da reforma da Previdência, alegando que a proposta é fundamental para reduzir desigualdades no País.

"Temos um desafio pela frente que não é meu. É também dos senhores governadores e prefeitos, independentemente de questão partidária. É a reforma da Previdência, sem a qual não podemos sonhar em botar em prática algo que estamos sonhando neste momento", afirmou Bolsonaro. "Tenho certeza que todos os governadores torcem pela aprovação da reforma."

Quando questionado sobre sua alta rejeição no Nordeste, o presidente respondeu de forma dura: "Faça uma pergunta mais inteligente".

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