"Não se faz justiça com injustiça", diz Camilo Santana sobre troca de mensagens de Moro

Nas redes sociais, o governador afirmou que apoia todas as medidas de combate à corrupção, assim como defende que as investigações sejam realizadas de forma isenta

Escrito por Redação ,
Legenda: O governador Camilo Santana cobrou uma explicação "clara e rápida dos fatos"
Foto: Foto: Camila Lima

O governador Camilo Santana (PT) comentou nesta segunda-feira (10) a troca de mensagens atribuídas ao ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol, do MPF (Ministério Público Federal), sobre o processo da Operação Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept Brasil. Para o governador, o conteúdo das mensagens é "muito grave e preocupante".

Em declaração nas redes sociais, Camilo Santana afirmou que apoia todas as medidas de combate à corrupção, assim como defende que as investigações sejam realizadas de forma isenta. Segundo o chefe do executivo cearense, "não se faz justiça com injustiça".

O governador ainda cobrou uma explicação "clara e rápida dos fatos".

"Muito grave e preocupante o teor revelado pelo site The Intercept sobre as investigações da Operação Lava Jato. Serei sempre um apoiador de todas as ações de combate à corrupção em qualquer esfera. Assim como defendo que toda e qualquer investigação deve ser feita com absoluta isenção e respeito às leis. Não se faz justiça com injustiça. O país exige uma explicação clara e rápida dos fatos", declarou Camilo.

O ministro Sergio Moro negou que nas mensagens trocadas com o procurador da Lava Jato exista "qualquer anormalidade ou direcionamento" da sua atuação como juiz. Na época, Moro foi o juiz responsável pela operação em Curitiba (PR).

O MPF afirmou em nota que os procuradores "foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes".

O site Intercept informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram de 2015 a 2018.

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