Movimento defende a gestão Bolsonaro

Militantes de direita se encontraram para manter unido o apoio ao governo que passa por turbulências

Escrito por Flávio Rovere ,

Partidários do PSL e militantes de direita no Ceará estão se articulando para fortalecer o apoio ao governo Bolsonaro no momento de turbulência que a gestão federal vem passando. Ontem, o Movimento Direita Ceará se reuniu, em Fortaleza, para a sua segunda Convenção Estadual. A pauta deveria ser principalmente de preparação para a eleição municipal, mas acabou se tornando mesmo um ato de fortalecer o apoio ao governo.

Hoje presente em 177 municípios, o grupo lotou um dos auditórios de um hotel na Praia de Iracema. “O intuito da reunião não é tratar sobre o PSL. Aqui nós estamos reunidos como movimentos de Direita no Ceará”, disse o presidente estadual da sigla e deputado federal, Heitor Freire. 

“Cuidado com a desinformação. Cuidado com as mentiras. Porque uma mentira contada mil vezes, ela se torna uma verdade. Essa é tática da velha esquerda”, disse Freire. 

Fidelidade 

“Os nossos pilares são os mesmos. Somos de direita, somos conservadores, somos ‘bolsonarianos’. Continuo um militante, um ativista de direita e um soldado de Bolsonaro. E vou permanecer dessa forma”, afirmou aplaudido. 

No evento, Heitor ainda comentou sobre a Reforma da Previdência. Segundo ele, o presidente seria contra, antes de se eleger, mas mudou de ideia ao assumir o cargo. “Quando ele sentou na cadeira, que viu ali os números e que a conta não fechava, ele é humilde para voltar atrás e reconhecer. E essa vai ser a nossa postura”, detalhou em tom de conselho aos aliados.

As desavenças entre alas representadas no governo, como os militares e os seguidores de Olavo de Carvalho estão prejudicando o andamento da gestão, diz ele. “Hoje o nosso grande inimigo infelizmente é o fogo amigo”, reforçou o parlamentar.

A união dos apoiadores - entre eles os membros do Direita Ceará - tem o objetivo de proteger o governo e o grupo dos “ataques externos”. “Eles se infiltram no nosso meio pra dividir mesmo”, disse ao se referir a movimentos de esquerda interessados na crise do Governo. Por isso, a defesa dele é que o grupo siga unido no apoio às propostas do governo para dar sustentação.

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