Maia defende reforma, mas diz que é preciso evitar sacrifício 'injustamente distribuído'

Na abertura dos trabalhos na Câmara, deputados protocolam os primeiros projetos da nova legislatura

Escrito por Redação ,

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta segunda-feira (4), durante a abertura dos trabalhos do Legislativo, em Brasília, a aprovação da reforma da Previdência. Ele disse, no entanto, que é preciso evitar que os sacrifícios da população sejam "injustamente distribuídos". No primeiro dia de atividades da Casa, deputados e assessores movimentam a Secretaria Geral da Mesa para protocolar os primeiros projetos de lei e requerimentos da noda legislatura.

"Devemos aprovar uma Reforma adequada às exigências de dinamização da nossa economia. Ao mesmo tempo, precisamos ter sensibilidade para evitar que o sacrifício imposto ao conjunto da população venha a ser demasiado, e injustamente distribuído", afirmou Maia em mensagem ao Congresso durante a abertura do ano legislativo. 

Reeleito na sexta-feira (1º), Maia defende, por exemplo, que em paralelo à proposta de emenda constitucional sobre a Previdência, seja discutida lei da aposentadoria de militares.

Maia também afirmou que caberá ao Congresso ditar o tempo da examinação da proposta da reforma. "O Executivo está ultimando sua proposta, e caberá ao Congresso examiná-la na sua forma, mérito e tempo", disse. 

O presidente elencou como prioridade também o debate da segurança pública. "Outra questão espinhosa que teremos de examinar é a do combate à criminalidade, seja a de colarinho-branco, seja a que ameaça a segurança pública e a tranquilidade do cidadão de modo mais imediato", afirmou ele. 

Maia patrocinou, em 2018, um pacote de medidas apresentado pelo então ministro da Justiça Alexandre de Moraes. Nesta segunda (4), o atual ocupante da pasta, Sergio Moro, apresentou novo conjunto de propostas de alteração de leis penais. 

"Como esse problema é complexo, teremos de analisar as propostas apresentadas para solucioná-lo com bastante cuidado", disse o presidente da Câmara. 

Compareceram à sessão o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), e os ministros da Justiça, Sergio Moro, da Secretaria-Geral, Gustavo Bebbiano, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Este foi responsável por entregar a mensagem presidencial em nome de Jair Bolsonaro.

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