Líder do MBL deixa DEM, se filia ao Patriota e vai disputar Prefeitura de São Paulo

Deputado Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, mudará de partido com a janela partidária

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Deputado estadual Mamãe Falei vai disputar a Prefeitura de São Paulo na eleição municipal de outubro
Foto: Foto: Câmara dos Deputados

Um dos principais líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), o deputado estadual Arthur do Val, mais conhecido como Mamãe Falei, filiou-se ao Patriota e será candidato à Prefeitura de São Paulo pela sigla. Além dele, o vereador Fernando Holiday também vai para o partido, mas só quando abrir a janela partidária, em abril. Ambos foram eleitos pelo DEM.

Coordenador nacional do MBL, Renato Battista também entrou na legenda e assumiu o comando do diretório paulistano do Patriota. Um dos grupos que liderou o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o MBL passou a ser em 2020 a grande aposta do partido que por pouco não abrigou Jair Bolsonaro.

O presidente nacional do Patriota, Adilson Barroso, disse que Arthur do Val pode ser a aposta da direita na capital. "A direita precisa se unir, nossa briga é com a extrema esquerda", afirmou. Há, porém, um ponto de divergência entre o MBL e a cúpula nacional do Patriota, que elegeu 9 deputados em 2018.

"Nossos deputados defendem o Bolsonaro. O remédio é o Bolsonaro", disse Barroso. Já Battista, do MBL, foi em outra direção. "Não vamos defender ou atacar Bolsonaro. Vamos defender a cidade de São Paulo, que precisa de um prefeito inovador para se tornar a cidade que sempre mereceu ser".

O ponto decisivo na escolha do MBL pelo Patriota foi o fato do partido ter uma bancada que permitirá a Arthur do Val participar dos debates televisivos.

Também líder do MBL, o deputado federal Kim Kataguiri optou por permanecer no DEM.

Reeleição

 A disputa eleitoral em São Paulo tende a ser acirrada neste ano, com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), falando em disputar a reeleição. Ele está internado desde a noite de terça-feira para se submeter à oitava sessão de quimioterapia. É o último ciclo previsto pela equipe médica no início do tratamento do prefeito, que enfrenta um câncer no sistema digestivo. O ciclo tem duração de 30 horas e, assim como nas internações anteriores, Covas está liberado para exercer suas funções de trabalho.

Desde a virada do ano, Covas diz abertamente que será candidato à reeleição. A "largada" da pré-campanha à Prefeitura de São Paulo está prevista para o fim de fevereiro, depois do último ciclo de quimioterapia e da avaliação dos exames.

O médico David Uip, que coordena o tratamento do prefeito, informou que Covas deve se submeter a novos exames em duas semanas. A partir da avaliação dos resultados da quimioterapia serão definidos os próximos passos do tratamento. "Ele não teve qualquer efeito adverso até agora. Teve uma intercorrência, aquele sangramento, que foi superada. Agora, o resultado da efetividade do tratamento você só apura após o final da quimioterapia", afirmou Uip.

 

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