"Honre seu sangue cearense", diz deputado a ministro sobre cortes na Educação

A fala do pedetista ocorreu em tom crítico às medidas de contingenciamento adotadas pelo ministério

Escrito por Wagner Mendes ,
Legenda: O deputado convidou o ministro a vir ao Ceará para "arejar as ideias".
Foto: Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados e Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ex-secretário de Educação do Ceará, o deputado federal Idilvan Alencar (PDT) pediu ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, para "honrar o sangue cearense", em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (15).

O deputado Idilvan também fez um convite inusitado ao ministro, que rendeu gargalhadas no plenário. "Eu acho que o senhor tem que voltar para o Ceará, dançar forró, tomar banho no rio Acaraú, arejar as suas ideias, ministro. Nós estamos dispostos a lhe ajudar. Honre seu sangue cearense", disse o parlamentar cearense em plenário ao criticar a proposta de retirada de recursos para a educação.

Confira o discurso do deputado: 

A fala do pedetista ocorreu no plenário da Câmara durante a presença do ministro após convocação no dia anterior por ampla maioria dos parlamentares. A ida de Weintraub à Casa tem o objetivo de esclarecer o contingenciamento na área.

Logo no início do discurso, Idilvan relembrou a fala de Abraham que teria afirmado laços sanguíneos com o Ceará. "Ministro, eu sou cearense. Fui secretário de Educação do Estado. O senhor disse que seu sobrenome tem Vasconcelos, lá de Sobral, primeiro lugar do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], e eu estou é preocupado com esse seu lado cearense. O senhor não está honrando esse sangue cearense. Para de falar em corte, o senhor é ministro da Educação, tem que ir atrás de mais recurso. Eu, quando era secretário, fazia isso todo dia", argumentou. 

Convocação

Em clima de derrota do governo, o plenário da Câmara aprovou, nesta terça-feira (14), por 307 votos a 82, a convocação do ministro para explicar à Casa os cortes no orçamento das universidades públicas e de institutos federais. A convocação ocorreu no dia anterior aos protestos contra as medidas do governo em todos os locais do País.

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