Guedes diz que Brasil pode deixar Mercosul e Bolsonaro dá aval

Na quinta-feira, 16, o ministro Paulo Guedes citou a possibilidade de o País deixar o Mercosul para não atrapalhar o acordo com a União Europeia

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Bolsonaro disse estar disposto a conversar com Fernández, caso a chapa de Kirchner vença na Argentina
Foto: Fábio Pozzebon/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro referendou a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o Brasil pode deixar o Mercosul caso o candidato Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner na chapa, vença as eleições na Argentina e queira fechar o bloco.

"O atual candidato que está na frente na Argentina, que tem vice a Cristina Kirchner, ele já esteve visitando o Lula, já falou que é uma injustiça o Lula estar preso, já falou que quer rever o Mercosul. Então o Paulo Guedes, perfeitamente afinado comigo, por telepatia, já falou: se criar problema, o Brasil sai do Mercosul. E está avalizado, não tem problema nenhum", declarou o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (16) para agendas no Planalto. 

Na quinta-feira (15), o ministro Paulo Guedes citou a possibilidade de o País deixar o Mercosul para não atrapalhar o acordo com a União Europeia. Bolsonaro disse estar disposto a conversar com Fernández, caso a chapa de Kirchner vença o pleito no país vizinho, mas destacou que o gesto precisará partir do argentino. Fernández já declarou que "não tem problema em ter problemas" com o presidente brasileiro. 

"Estamos dispostos, ele que vai ter que dar o sinal", declarou Bolsonaro. "Estou pronto para conversar. eu não acredito que ele queira seguir nessa linha de liberdade e democracia. Esse pessoal quando se apodera do poder não quer sair mais. eles sempre viveram às custas da coisa pública."

Para Bolsonaro, o mercado, em um ambiente de intensa volatilidade com o cenário econômico e político na Argentina, já deu sinais de que "não vai perdoar a esquerda" naquele país.

 

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados