Ex-governadores, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus são presos no Rio de Janeiro

Casal estava em casa. Justiça derrubou o habeas corpus que mantinha o casal em liberdade. Casal é suspeito de atrapalhar as investigações, como por exemplo, ameaças contra uma testemunha

Escrito por Redação ,
Legenda: Anthony Garotinho e Rosinha Matheus
Foto: Agência Brasil

Os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos, na manhã desta quarta-feira (30), no Bairro Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, a prisão do casal ocorreu por volta das 6h30. É a quinta vez que Garotinho é preso. Já a esposa Rosinha é a terceira vez.

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal derrubaram nesta terça-feira (29) o habeas corpus que mantinha o casal em liberdade. O Ministério Público havia informado para a Justiça que o casal estava atrapalhando as investigações, como por exemplo, ameaças contra uma testemunha-chave.

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O casal tinha sido preso em setembro de 2018, acusado de participação em um esquema de superfaturamento em contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht. Um dia depois, os dois foram soltos após um habeas corpus deferido pelo juiz Siro Darlan, no Plantão Judiciário.

Defesa do casal vai recorrer

A defesa do casal afirmou que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).  “A ordem de prisão é ilegal e arbitrária, pautada apenas em suposições e conjecturas genéricas sobre fatos extemporâneos, que supostamente teriam ocorrido entre os anos 2008 e 2014", afirma o advogado Vanildo José da Costa Junior.

Por meio de outra nota, Garotinho e Rosinha afirma que são vítimas de "perseguição".

Prejuízo aos cofres públicos de R$ 60 milhões

De acordo com delações premiadas à força-tarefa da Lava Jato, o prejuízo aos cofres públicos causado pelo esquema que teria contado com a participação do casal pode chegar a R$ 60 milhões.

O Ministério Público afirmou que a prisão preventiva do casal foi pedida por risco de alguma interferência de ambos nas investigações.

A medida se fez necessária, segundo o MP, porque eles têm "poder dissuasório" em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense. Ambos foram prefeitos da cidade.

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