Estado adia para 2º semestre decisão sobre reajuste salarial de servidores em 2019

Até lá, segundo o secretário da Fazenda, Mauro Filho, a reposição salarial continua suspensa para os servidores em geral

Escrito por Letícia Lima ,
Legenda: Na semana passada, o Governo do Estado anunciou um pacote de medidas de ajuste fiscal para controlar os gastos da máquina pública
Foto: Foto: Fabiane de Paula

Após reunião com o Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado (Fuaspec) na terça-feira (4), o Governo do Estado adiou para o segundo semestre decisão sobre reajuste salarial do funcionalismo público em 2019. Até lá, segundo o secretário estadual da Fazenda, Mauro Filho, não existe "margem" para aumento da folha de pagamento de pessoal e a reposição continuará suspensa.

Na semana passada, o Governo do Estado anunciou um pacote de medidas de ajuste fiscal para controlar os gastos da máquina pública. Uma delas foi o congelamento do salário dos servidores públicos, neste ano, com reposição, pela inflação, apenas para aqueles que recebem um salário mínimo e para algumas categorias que tem o piso regulamentado por lei federal. 

A medida provocou a reação de servidores. Um grupo começou a acampar em frente ao Palácio da Abolição, nos últimos dias, e foi recebido, na última terça, por integrantes do Governo.  

O secretário da Fazenda, Mauro Filho, prometeu uma nova rodada de negociação com os servidores no segundo semestre deste ano, mas não garantiu rever a possibilidade de conceder reajuste salarial em 2019.

"Em agosto, vamos sentar com o sindicato. Foi uma proposta colocada pelo secretário Nelson Martins (assessor de Relações Institucionais), para ver o comportamento fiscal do Estado, as receitas e despesas, e, a partir de setembro, analisar o que poderia ser feito, ver a possibilidade de benefícios para os servidores, não necessariamente salariais, tipo vale-alimentação", exemplificou.

Até lá, Mauro Filho defende que o Estado não tem "margem" para analisar o aumento da folha de pagamento de pessoal. Ele justifica que o gasto com pessoal, em 2018, aumentou 11%.

"A determinação do governador Camilo foi de que a Secretaria conseguisse ajustar esse crescimento, que foi muito grande. Boa parte dele se refere à contratação de pessoal na Segurança Pública. Além disso, nós não temos horizonte para saber o que vai acontecer com a economia brasileira", avaliou.

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