Em Fortaleza, Marina alfineta Bolsonaro ao tratar da liberação do porte de armas

Para a candidata, "é muito fácil querer ser presidente da República e mandar as pessoas comprarem revólver para se defender"

Escrito por Redação ,

A candidata a presidente da República, Marina Silva (REDE), encerrou suas atividades na Capital cearense, com visita ao Sistema Verdes Mares na manhã desta terça-feira (21), quando apresentou propostas de seu plano de Governo para o Brasil. A presidenciável disse ser contra o aborto, a liberação de armas para a população e legalização das drogas, mas afirmou que a população é quem deve decidir sobre esses temas polêmicos e não os 513 deputados e 81 senadores do Congresso Nacional. 

“Eu sou contra o aborto. Não acho que nenhuma mulher deseja fazer o aborto. É sempre uma relação traumática do ponto de vista psicológico e da saúde da mulher. Se for para ampliar, além do que já está previsto em Lei, que é o aborto em caso de estupro, de ameaça de morte para a mulher ou quando a criança nasce sem cérebro, se for para ampliar além disso, que seja feito plebiscito, porque  513 deputados não podem substituir 200 milhões de brasileiros”.

> "Nordeste não é cesto de votos", afirma Marina Silva em visita ao Ceará

Com relação à legalização das drogas, a candidata também se disse contra, destacando que deve ser feito um debate para que a sociedade possa encontrar os melhores caminhos no combate à violência, tráfico de drogas e de armas. “Esses são os elementos que levaram a essa situação de crise em que a segurança do Brasil se encontra”, disse. 

 

"Liberar geral"

Marina Silva disse ser contra “liberar geral” o porte e posse de armas para o brasileiro. Ela não citou diretamente o também presidenciável Jair Bolsonaro, mas atacou esta que é uma de suas principais propostas. “É muito fácil querer ser presidente da República e mandar as pessoas comprarem revólver para se defender. Para que serve o presidente da República? O presidente serve para pensar a segurança pública. Olha, estão assassinando 63 mil pessoas pro ano, desses 33 mil são jovens de comunidades pobres”.

A presidenciável defendeu que a Segurança Pública seja pensada dentro de um plano nacional, estruturando a área de forma integrada. Segundo ela, o Governo Federal, os estados e as prefeituras precisam remunerar corretamente os policiais, treinar o efetivo e trabalhar com inteligência, utilizando tecnologia para ajudar em abordagens mais efetivas. “É preciso controlar o tráfico de armas, que é responsável por boa parte dessa violência sem controle, porque nossas fronteiras estão entregues”.

Em sua passagem pelo Ceará, Marina Silva voltou a criticar o que ela chamou de “condomínio” de partidos do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), que em sua avaliação, é o mesmo que deu sustentação ao Governo de Dilma Rousseff (PT). No entanto, ela disse que vai “governar com os melhores” de cada partido, inclusive, aqueles que ela tanto vem criticando, como PT, PSDB, DEM e PMDB. Essas legendas, em sua avaliação, foram pegas no “doping da Lava-Jato”.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.