Dnocs estuda vender imóveis ociosos, aponta diretor-geral do órgão

Ângelo Guerra não informa quantos são os imóveis, mas acredita que essa seria uma forma de arrecadar recursos

Escrito por Miguel Martins ,

O Dnocs possui, atualmente, diversos imóveis espalhados por nove coordenadorias, inclusive, três andares no prédio onde está instalada a Controladoria Geral da União (CGU), em Brasília. Diante do atual cenário de gargalos, uma das metas da atual direção do órgão é fazer alienação e venda de tais imóveis. Muitos desses equipamentos são considerados não operacionais, sem qualquer interesse para a instituição. O diretor-geral da autarquia, Ângelo Guerra, não informa quantos são os imóveis, mas acredita que essa seria uma forma de arrecadar recursos. 

O deputado federal eleito Heitor Freire (PSL), principal interlocutor do futuro Governo Bolsonaro no Estado, diz que já tem ciência da quantidade de imóveis pertencentes ao órgão. Ele salienta, ainda, que a nova gestão irá desfazer qualquer aparelhamento político. “O Dnocs será um órgão importantíssimo para o desenvolvimento do Ceará”, sustenta. 

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Em resposta ao relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou o Dnocs como um dos órgãos mais vulneráveis à corrupção no País, Ângelo Guerra argumenta que o estudo não é novo, e o Departamento já teria se adequado para evitar os riscos de irregularidades. Segundo ele, um sistema eletrônico foi instalado para dar mais transparência ao órgão, de modo que informações estejam disponíveis à população no site da autarquia.  

Enquanto Heitor Freire, porém, fala em cessar o aparelhamento político no Dnocs, Ângelo Guerra se orgulha do padrinho, o senador Eunício Oliveira (MDB), que, em sua avaliação, indicou um técnico para gerir o órgão e, se assim quiser o futuro ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, ele permanecerá no cargo.  

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