Camilo defende uso das Forças Armadas no combate ao crime nos estados

No início dos ataques criminosos no Ceará, o governador pediu ao Governo Federal reforço de homens do Exército, mas foi autorizado apenas a Força Nacional.

Escrito por Letícia Lima ,

O governador Camilo Santana (PT) defendeu, nesta quarta-feira (16), em Brasília, após reunião com o ministro da defesa, general Fernando Azevedo, o uso das Forças Armadas em operações de combate à criminalidade nos estados brasileiros. O pedido ocorre em meio à crise que o Ceará enfrenta há 16 dias seguidos com ataques classificados por ele de "terroristas"

Camilo ressaltou que, para garantir a atuação de militares do Exército nas ruas, é preciso o Congresso Nacional fazer mudanças na legislação.

Há uma série de restrições legais por conta da lei que existe hoje no Brasil. Esse é um tema que precisa ser rediscutido quando o Congresso Nacional voltar, (isso) restringe as ações e operações de alguns segmentos da União

Logo que a série de ataques começou em Fortaleza e na Região Metropolitana, no último dia 2, Camilo solicitou ao Governo Federal, além da Força Nacional de Segurança, o reforço de homens do Exército, para trabalhar em conjunto com os profissionais cearenses. O ministro Moro, porém, autorizou apenas o envio das tropas da Força Nacional para o Estado.

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Resistência

Em entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira (16), o governador disse que já tratou por telefone com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o envio das Forças Armadas para o Ceará, mas o Chefe do Executivo Federal colocou que quer "proteger" os homens do Exército.

"Como o presidente, a origem dele é do Exército, há um questionamento em relação a isso. Ele quer que haja proteção jurídica com os homens do exército, pra não estarem respondendo, por exemplo, no Rio e em outro estados do país. Então, eles só querem entrar com a força do Exército em último caso. E na avaliação do próprio ministro, a situação está se normalizando. O que não quer dizer que outras ações não possam acontecer, até porque vamos endurecer", colocou.

Camilo defendeu também que é preciso o Congresso Nacional rever a lei do antiterrorismo, para tipificar as ações criminosas como as que estão ocorrendo no Ceará como "terrorismo". 

Encontro com Moro 

O governador está em Brasília desde quarta (16) para tratar de ações do Governo Federal para conter os ataques no Estado. Ontem (16), ele se reuniu com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, a quem entegou um relatório sobre as ações de combate ao crime no Ceará. 

Na tarde desta quinta (17), Camilo deve se reunir com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, com quem também deve discutir a crise na Segurança.

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