Bolsonaro recebe homens do Batalhão de Choque do Rio
Presidente eleito encontrou grupo de policiais durante "lanche presidencial"
Enquanto sua equipe articula os nomes para a formação do ministeriado (80% dos nomes já estão definidos, e o anúncio oficial está previsto para a próxima segunda-feira), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ainda se confraterniza por conta da vitória no último domingo. Nesta terça-feira (30), o capitão reformado do Exército se encontrou com homens do Batalhão de Polícia de Choque do Rio de Janeiro durante um 'lanche presidencial', como ele definiu em postagem em rede social.
>Tradutor de Bolsonaro é youtuber
>Haddad chora durante reunião do PT
>Moro promete pensar no convite de Bolsonaro
>Equipe de Bolsonaro decide por fusão de ministérios
"Lanche presidencial com o @choque_bpchq. Estar perto, tratar bem e ouvir faz parte de quem deseja o bem de seu time! É uma satisfação, guerreiros!", escreveu Bolsonaro ao compartilhar a imagem do encontro com os PMs.
Longe do clima de festa, as articulações políticas do novo governo movimentam a bancada eleita do PSL em temas de forte interesse do meio policial e militar, como as possíveis mudanças no estatuto do desarmamento. Há muitas dúvidas sobre a votação dessas alterações, uma das principais promessas da campanha de Bolsonaro.
O deputado federal e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) não considera que a proposta que revoga o estatuto do desarmamento será pautada este ano pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como defendem aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro. Segundo Olímpio, embora Maia venha dando sinais favoráveis ao texto, o democrata teria se comprometido com o PT e o PCdoB a não colocar o tema em apreciação durante a sua atual gestão.
Apesar disso, Olímpio afirma que esta é a matéria com maiores condições de ser aprovada entre os temas defendidos por Bolsonaro. "Se o projeto 3722 que revoga o Estatuto do Desarmamento e estipula critérios de compra, posse e porte de armas de fogo no Brasil fosse pautado hoje, seria aprovado", avaliou.
Maia se reuniu com integrantes da bancada da bala na tarde desta terça-feira para tratar do assunto. O atual presidente da Câmara tentará reeleição no próximo ano e, como o PSL terá uma das maiores bancadas da Casa, o tema deverá entrar na negociação para viabilizar seu nome. Hoje, Olímpio disse que o PSL deve abrir mão das presidências na Câmara e do Senado em nome da governabilidade.
Ele disse ainda que Bolsonaro não deve apresentar surpresas na escolha dos futuros ministros e que o anúncio deverá ser feito em breve apenas com nomes técnicos. "Amanhã a equipe de transição (de governo) começa a trabalhar", disse.
Os integrantes da equipe ainda não foram anunciados, mas o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil, virá a Brasília para uma reunião com o atual ministro da pasta, Eliseu Padilha, por volta das 16h. Ele também deve visitar a sede da equipe de transição, que será no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Bolsonaro só deve viajar para a capital federal na próxima semana.