Bolsonaro passa por nova avaliação médica e evita confirmar ida a debates

Presidenciável do PSL está confiante de que será liberado para compromissos de campanha

Escrito por AFP ,

O candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, passou hoje por mais uma avaliação médica no Rio de Janeiro e ainda não se manifestou se participar de debates na última semana da campanha. A equipe médica havia recomendado repouso relativo ao candidato na semana passada, mas estão confiantes que ele poderá ser liberado para cumprir compromissos de campanha.

O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse  hoje que  Bolsonaro não participará de nenhum debate do 2º turno. Ele afirmou em coletiva de imprensa que o estado de saúde do candidato é de "absoluto desconforto" e que não deve ser submetido a "uma situação de alto estresse, sem nenhum motivo".

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Os médicos se dirigiram à casa do candidato, que ainda se recupera da facada levada durante caminhada em Juiz de Fora (MG) em setembro. Por causa do atentado, ele chegou a ficar desnutrido, perdeu até 15 quilos de massa magra e estava com baixa imunidade. Devido à situação de saúde, Bolsonaro tem cancelado participação em debates com Fernando Haddad (PT), que pressiona o adversário para discutir propostas de governo.

"Bolsonaro foi submetido hoje a avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, que se mostraram estáveis. Apresenta boa evolução clínica e a avaliação nutricional evidenciou melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia", citou uma nota enviada pelo médico Antonio Macedo, do hospital Albert Einstein.

Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro. O candidato era carregado por apoiadores na Rua Halfeld, Centro na cidade, quando foi atingido por um homem com uma faca. Depois do ataque, Bolsonaro foi retirado do local e levado à Santa Casa. O candidato sofreu uma perfuração na altura do abdome. Depois, ele foi transferido para São Paulo, onde voltou a ser operado no Hospital Albert Einstein, e teve alta médica no dia 29 de setembro. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso e denunciado no último dia 2 pelo atentado. Ele foi enquadrado no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional pela prática de “atentado pessoal por inconformismo político”.

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