Bebianno desiste de prestar esclarecimentos no Senado sobre "laranjas" do PSL

Havia expectativa de que o ex-ministro também fosse questionado sobre os fatos que levaram a sua exoneração após discussão nas redes sociais com o filho do presidente da República, o vereador Carlos Bolsonaro

Escrito por Redação ,
Legenda: Havia expectativa de que o ex-ministro também fosse questionado sobre os fatos que levaram a sua exoneração após discussão nas redes sociais com o filho do presidente da República, o vereador Carlos Bolsonaro
Foto: FOTO: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, não compareceu à reunião da comissão de Transparência do Senado Federal, onde prestaria esclarecimentos sobre possíveis candidaturas "laranjas" no PSL, partido que presidiu durante as eleições do ano passado. De acordo com funcionários do colegiado, Bebianno não foi encontrado para explicar a ausência na audiência pública. 

Ele foi convidado para prestar esclarecimentos à comissão a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Randolfe suspeita que as candidaturas de mulheres serviam apenas para cumprir a determinação legal de 30% de candidaturas e recursos destinados para a participação feminina nas eleições proporcionais. 

A comissão de Transparência do Senado tem entre seus integrantes, os senadores os cearenses Eduardo Girão (PODE) e Cid Gomes (PDT). Denúncias dão conta de que Bebianno coordenou a liberação de recursos públicos para postulantes durante a campanha eleitoral de 2018. 

Havia expectativa de que o ex-ministro também fosse questionado sobre os fatos que levaram a sua exoneração após discussão nas redes sociais com o filho do presidente da República, o vereador Carlos Bolsonaro

As suspeitas de que esquemas de financiamento de candidaturas laranjas tenham ocorrido nas eleições de 2018 no PSL, surgiram no início de fevereiro deste ano. Na ocasião, o primeiro integrante do governo citado foi o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, presidente do PSL de Minas Gerais. 

Neste caso, quatro candidatas em Minas Gerais receberam R$ 279 mil do comando nacional do partido e, apesar, de estarem entre as 20 candidaturas do partido que mais receberam recursos no tiverem menos de mil votos cada uma, o que levantou a suspeita de que as candidaturas tenham sido de fachada. 

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.