"Algumas coisas são criminosas", diz Ciro Gomes sobre reforma da Previdência

O candidato derrotado nas Eleições do ano passado aposta que, como está, a reforma proposta pelo governo Bolsonaro não será aprovada no Congresso Nacional

Escrito por Redação ,

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, diz ter uma impressão "muito ruim" da reforma da Previdência enviada, ontem, pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional. Alguns pontos, como os Benefícios de Prestação Continuada, que cairiam de um salário mínimo para R$ 400, são "flagrantemente criminosos", na avaliação dele.

A declaração foi em entrevista, durante o evento sobre políticas para a Juventude organizado pela Prefeitura de Fortaleza, na manhã desta quinta-feira, dia 21.   

"Uma senhora de 65 anos, com um problema grave, receber R$400 (uma das propostas da reforma) é um crime intolerável e não vamos aceitar isso", disse o pedetista. Para ele, outra questão polêmica é a definição da idade mínima. "É razoável que um trabalhador que trabalha de gravata no ar condicionado tenha a idade mínima igual a de um trabalhador rural com expectativa de vida de 66 anos, como é o caso do maranhão?", questiona. 

A avaliação dele é que do jeito que está, a reforma não passa no Congresso. "Eu quero crer que eles mandaram algo tão ruim assim para ter margem de negociação. Isso é uma esperteza besta. Era melhor abrir uma discussão generosa e retirar a reforma de um acordo maior com a sociedade", sugere.

Militares

Outra crítica que o ex-ministro fez à proposta foi em relação aos militares. "Eles custam R$ 47 bilhões à Previdência e só recolhem R$ 4 bilhões. O Brasil tem 500 generais na reserva. A reforma não fala nada sobre isso. Não é razoável", complementou. 

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