Novos partidos ensaiam crescimento em 2016

Nos últimos quatro anos, sete partidos foram oficializados no País, dos quais seis têm representação no Ceará

Escrito por Redação ,
Legenda: O presidente estadual do Solidariedade, Genecias Noronha, diz que o partido, que só tem um prefeito no Ceará, quer ampliar seu alcance
Foto: FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

Três novos partidos tiveram seus registros oficializados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas últimas semanas, aumentando para 35 o número de legendas no Brasil. Nos últimos quatro anos, ao todo, sete siglas nasceram no País, das quais seis têm representação no Ceará. No entanto, nem todas conseguiram se destacar e aumentar sua capilaridade no Estado.

O Diário do Nordeste entrevistou dirigentes partidários dessas novas legendas e constatou que, enquanto alguns desses grupos seguem conquistando espaço na política local, outros mantêm a pouca estrutura nos municípios do Estado. Das três siglas recentemente criadas, somente o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o Rede Sustentabilidade têm representação no Ceará. O Partido Novo ainda não está representado nos municípios cearenses.

Os demais partidos criados ao longo dos últimos quatro anos foram: Partido Social Democrático (PSD), Partido Pátria Livre (PPL), Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e Solidariedade (SD). O PROS foi oficializado no dia 24 de setembro de 2013 e vai para a sua primeira eleição para prefeito e vereador no próximo ano. A legenda nasceu como maior partido do Ceará, uma vez que abrigou o grupo liderado por Ciro e Cid Gomes. No entanto, com a saída de diversos prefeitos da sigla para o PDT, o grêmio começa a perder força.

Dez deputados estaduais e três federais ainda estão filiados ao PROS no Ceará, mas a expectativa é que eles se filiem ao PDT. O presidente do PROS no Ceará, Leandro Vasques, afirma que a intenção é ampliar a representação do PROS para os demais municípios, preservando a musculatura do partido no Ceará.

Candidatura majoritária

Vasques disse que o partido segue com 50 prefeitos no Estado e150 vereadores. Para a Capital, a legenda deve discutir coletivamente e poderá se congregar a outras forças políticas a fim de apoiar uma candidatura majoritária ou lançar nome próprio.

Outrora maior sigla com assento na Câmara Municipal de Fortaleza, o PROS está com apenas um vereador, Márcio Cruz. "O PROS não se apequenou, não diminuiu. Enquanto o prefeito de Ipueiras saía, dois ex-prefeitos entravam. Pretensão do partido é lançar candidatura em todo o Estado", declarou Vasques.

Outro que participará do primeiro pleito municipal é o Solidariedade, com registro oficializado em setembro de 2013. A legenda possui apenas um prefeito filiado, Dr. Barreto, de Quiterianópolis, que se aliou à sigla na semana passada.

Segundo o dirigente do partido no Ceará, Genecias Noronha, a intenção inicial é se articular com outras siglas. "Buscamos o fortalecimento do partido e, apesar de ser pequeno, o Solidariedade é forte, pois tem 19 deputados federais e três estaduais só aqui no Ceará", alega Noronha. "É um exagero de partidos. Deveríamos ter uma média e reduzirmos essa quantidade, porque daqui a pouco teremos mais de 100 partidos no País", lamentou. Em relação a Fortaleza, o objetivo do SD para 2016 é eleger ao menos três vereadores e apoiar uma candidatura majoritária.

Apoio

O Partido Social Democrático (PSD) nasceu em 2011 e, no Ceará, contou com o apoio do ex-governador Cid Gomes para sua formatação. A agremiação é presidida pela prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, e se mantém como uma das principais siglas aliadas do grupo de Cid no Estado.

Com 30 prefeitos, o PSD está estruturado em quase todo o Estado e terá candidaturas a prefeito na maioria dos municípios. "O PSD talvez seja o segundo maior partido em números de prefeitos no Ceará, tirando o PDT, e temos também o quarto maior tempo de TV", reforçou a dirigente.

Com mais de 200 vereadores, 30 prefeitos e três deputados estaduais, o partido foi uma das novas siglas com maior êxito nos últimos quatro anos e quer aumentar a participação nas casas legislativas municipais e prefeituras a partir do próximo ano.

Prejudicado em 2011, uma vez que seu registro foi oficializado dois dias antes do fim do período de filiações, o Partido Pátria Livre (PPL) deve participar das eleições de 2016 em 40 municípios e cinco candidaturas a prefeituras. "Com um número mínimo de filiados para se ter comissões provisórias, fizemos com que nossa militância tivesse uma participação maior", disse o presidente André Ramos, apontando que a legenda quer eleger vereadores em Fortaleza.

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