No Ceará, superintendente da CGU quer foco anticorrupção

Nomeado recentemente, Giovanni Pacelli acredita que o fortalecimento do trabalho preventivo e a parceria com Ministério Público Federal e Polícia Federal pode trarão resultados positivos

Escrito por Wagner Mendes ,
Foto: Foto: Helene Santos

Recém-empossado superintendente da Controladoria-Geral da União no Ceará, no dia 17 de dezembro de 2018, Giovanni Pacelli vê com entusiasmo a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), quando a pauta é combate à corrupção.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, o ex-militar pontuou ações como a criação da Secretaria de combate à corrupção (medida inédita) e a indicação de nomes técnicos para comandar os ministérios que serão parceiros da CGU no Estado.

"Fato inédito (criação da secretaria). Caminho sem volta. O Brasil só tem a ganhar. E a responsabilidade dos servidores da CGU aumenta. E a minha também", explica o auditor de carreira.

Nos primeiros dias como superintendente, Pacelli participou dos trabalhos, em parceria com a Polícia Federal, da Operação Graham Bell, que investiga desvio de recursos públicos e crimes eleitorais em Juazeiro do Norte.

Com 39 anos, o servidor assume a regional Ceará pelos próximos dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Pacelli foi conduzido ao cargo pelo atual ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que havia sido nomeado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e que foi mantido na função por Jair Bolsonaro.

O superintendente atua em órgão que fiscaliza bilhões em recursos federais que circulam no Estado do Ceará e vai atuar em parceria com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, vigilantes na aplicação das verbas públicas da União por aqui.

Altas quantias

"Não é só Saúde e Educação, são todas as áreas. Não estou falando só de recursos que vão direto para a população, mas de estrutura, aluguel, salário, se você pegar tudo o que é gasto com recurso federal, seja para pagar estrutura de pessoal, estrutura administrativa, junto com a estrutura finalística que vai para as pessoas, construção de obras, compra de medicamentos. Se você juntar tudo isso, são bilhões", revela o superintendente.

Ainda segundo Pacelli, um dos desafios da atual gestão na CGU é qualificar profissionalmente os servidores para a atuação nas ações de combate à corrupção de modo mais ágil e eficiente. "Por mais que apareça na mídia o trabalho da CGU, a gente precisa ter a equipe motivada e qualificada para dar conta do recado. Minha primeira missão é fortalecer a minha equipe. A gente vai atuar fortemente em parceria com a Polícia Federal e com o Ministério da Justiça", destaca.

Auditor desde 2009, o novo chefe da Controladoria Regional aponta avanços no órgão fiscalizador nos últimos dez anos. O "uso intensivo da tecnologia da informação" e a "normatização de algumas condutas, principalmente em relação aos órgãos parceiros", são direcionamentos que contribuirão no trabalho nos próximos anos.

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