Maia deve debater pontos da reforma com o Governo Federal

Para ele, alguns temas exigem cautela no encaminhamento à Câmara dos Deputados

Escrito por Redação ,

Eleito pelo mercado e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como articulador político da reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá encontro neste fim de semana com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, para debater a matéria. Ele deve levar ao secretário "temas que a gente precisa ter cuidado no encaminhamento à Câmara dos Deputados".

"Aposentadoria rural, Benefício de Prestação Continuada (BPC), são temas que para fazer qualquer mudança tem de ser muito bem pensado e muito bem explicado", disse o presidente da Câmara. Em turnê pelos estados para debater reformas econômicas com governadores, ele esteve nesta sexta-feira (15) em Curitiba, no Paraná.

Rodrigo Maia voltou a defender a necessidade de se aprovar prioritariamente a reforma da Previdência na Câmara como uma forma, também, de ajudar os estados a saírem das crises econômicas em que se encontram. "Se você não fizer a reforma que organiza despesas primeiro, na hora em que for fazer a reforma tributária, vai acabar sendo mais receita para o Estado e mais prejuízo para a sociedade", disse o deputado.

Defesa

Maia também saiu em defesa da capacidade de articulação do ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, e sinalizou que, caso o governo demore a resolver a questão, há risco para a tramitação da reforma da Previdência. "Tem de ter uma solução, não pode postergar. Isso sim pode atrapalhar", sustentou, ao ser questionado se a crise no Governo Federal atrapalhava a sua prioridade número um junto à base aliada.

O embate entre o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, e o ministro Bebianno jogou o Palácio do Planalto em sua pior crise nos 44 dias de Governo. "(A crise) Não é bom, o Governo mal chegou. Já está com uma crise desse tamanho. Espero que o Governo resolva isso de forma bem madura e que o presidente tome a decisão que tiver que tomar, é um direito dele", disse Maia sobre a situação.

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