Governo Bolsonaro inicia com avaliação positiva, diz pesquisa

Avaliação positiva do Governo atingiu 38,9% na primeira sondagem sobre o começo da gestão

Escrito por Redação ,
Legenda: Bolsonaro empossou, nesta terça, o diretor de Itaipu Binacional, general Joaquim Luna e Silva
Foto: AFP

Eleito com 55,13% dos votos válidos (cerca de 57,7 milhões de brasileiros), o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) começa a ter o seu Governo avaliado por critérios científicos. Nesta terça-feira, a primeira pesquisa do tipo, realizada pelo Instituto MDA e encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), apontou que a avaliação do seu Governo é positiva para 38,9% dos entrevistados contra 19% de avaliação negativa.

A título de comparação, os ex-presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff tiveram números maiores no começo de seus primeiros mandatos. A CNT divulgou que a primeira pesquisa do primeiro mandato de Lula, datada de janeiro de 2003, indicou 56,6% de avaliação positiva de Governo. Já a primeira sondagem de Dilma, publicada em agosto de 2011, apontava 49,2%.

Os números sobre a popularidade de Bolsonaro são importantes neste momento crucial de busca por apoio político, após o envio da proposta da reforma da Previdência ao Congresso Nacional.

Além da avaliação do Governo, a pesquisa CNT/MDA mediu a aprovação do desempenho pessoal do presidente, que atingiu 57,5% contra 28,2% de desaprovação.

"Os resultados da 143ª Pesquisa CNT/MDA mostram avaliação positiva do Presidente Jair Bolsonaro, com 57,5% dos entrevistados aprovando seu desempenho pessoal, maior índice obtido por um presidente desde novembro de 2013 (mandato Dilma). Há, ainda, a percepção de que seu Governo está sendo melhor do que de seus antecessores, Michel Temer e Dilma Rousseff", informou a CNT, ontem, na apresentação dos números.

O MDA ouviu 2.002 pessoas, entre os dias 21 e 23 de fevereiro, em 137 municípios de 25 unidades da federação. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

O levantamento sondou a opinião dos brasileiros sobre a demissão do primeiro ministro do Governo, Gustavo Bebianno. Para 73,3%, o filho dopresidente, Carlos Bolsonaro, influenciou na decisão, considerada justa por 54,5%. Para 56,8%, os filhos do presidente "estão interferindo nas decisões do pai na Presidência".

Já 75,1% dos entrevistados acham que familiares não devem influenciar um presidente nas suas decisões de Governo, indicou a pesquisa.

Militares

A presença de militares em cargos importantes do Governo não prejudica a imagem de Bolsonaro. Pelo contrário. Segundo a pesquisa, as Forças Armadas são a terceira instituição em que os entrevistados pela MDA mais confiam, com 16%, atrás somente da Igreja (34,3%) e dos Bombeiros (19,7%). Em último lugar, aparecem os partidos (0,2%).

Nesta terça-feira, Bolsonaro fez uma homenagem aos generais que comandaram as ditaduras militares do Brasil e do Paraguai.

Em discurso de posse do novo diretor da Itaipu Binacional, general Joaquim Luna e Silva, Bolsonaro disse que a Usina só saiu do papel devido ao papel dos militares.

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