Governo aposta em controle dos gastos e incentivo à produtividade

Em palestra na capital cearense, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, abordou as políticas públicas do Governo Bolsonaro e a conjuntura geopolítica global que, segundo ele, exige mais eficiência do Brasil

Escrito por Redação , politica@verdesmares.com.br
Legenda: Na Fiec, Mourão falou a empresários sobre o "Brasil e os desafios dos novos tempos"
Foto: Foto: Divulgação

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse, ontem, em Fortaleza, que o Governo Federal espera que a reforma tributária seja aprovada pelo Congresso Nacional até o fim do primeiro semestre de 2020, após o avanço da discussão de propostas da Câmara dos Deputados, do Senado e do próprio Governo. A reforma, segundo o vice-presidente, é um dos pilares da reestruturação econômica do País, que envolve reequilíbrio das contas públicas e incentivo à produtividade.

Hamilton Mourão proferiu palestra para um grupo de empresários e industriais, no início da noite, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), acerca do tema "Brasil e os desafios dos novos tempos".

O ajuste das contas públicas passa, segundo o vice-presidente, pelo ajuste inegociável das contas públicas que envolve a reforma da Previdência, modernização do Estado, com a reforma administrativa, corte de cargos federais e a desvinculação do orçamento da União. "De cada R$ 100 que o Governo arrecada, R$94 estão carimbados. Um aumento grande das despesas obrigatórias que não é possível continuar", disse o vice de Jair Bolsonaro.

Para ele, a elevação dos custos com pessoal e com a Previdência, que cresceram acima da média, acabam reduzindo a capacidade do Estado de investir no que é importante, como Saúde, Segurança e Educação. "É por isso que estamos precisando implantar uma série de medidas para equilibrar essa balança", reforçou.

Na palestra, que teve boa parte do foco nas medidas econômicas, Mourão abordou outros projetos e visões do Governo Jair Bolsonaro, além de fazer um apanhado da conjuntura geopolítica global e do cenário econômico que o País tenta alcançar com as medidas implantadas pelo Governo. O combate às desigualdades, o meio ambiente e as ações em Segurança também estiveram na pauta.

Após a palestra, Hamilton Mourão respondeu a perguntas. Entre elas, a do empresário Igor Queiroz Barroso, presidente do Conselho de Administração do Grupo Edson Queiroz, sobre os planos do Governo para desenvolver a Região Nordeste.

"Existem vocações no Nordeste importantes, como na área de energias renováveis. Isso já vem sendo feito, mas é uma área a se desenvolver. Temos que olhar cada situação, mas vejo também grande potencial na economia do conhecimento, com fortalecimento da educação e apostar nisso".

Exemplo

Em dois momentos, o vice-presidente fez menção ao Ceará em relação a políticas públicas eficazes: sobre o controle do sistema prisional, na presença, inclusive do secretário de Administração Penitenciária do Estado, Mauro Albuquerque, e no debate a respeito dos avanços na área de Educação. Segundo ele, o Estado do Ceará tem boas experiências que devem ser compartilhadas com os demais entes da Federação.

Palácio da Abolição

Na Capital, o vice-presidente também se encontrou com o governador Camilo Santana, no Palácio da Abolição, para tratar de políticas públicas para Educação e Segurança, além de energias renováveis e economia aeroportuária.

Na ocasião, Mourão disse que tem acompanhado os índices da Educação no Estado, responsáveis por tornar o Ceará referência para o País. Em paralelo, Camilo também aproveitou para apresentar a estratégia de crescimento e desenvolvimento do Ceará por meio da trinca de hub (aéreo, portuário e tecnológico).

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