Eleição na Câmara: PDT sinaliza apoio a Maia; Ricardo Barros lança candidatura

A eleição para o próximo presidente da Câmara se aproxima e, no fim de semana, a disputa ganhou novos elementos. A sigla pedetista fez indicativo de apoio a Rodrigo Maia, mas ainda admite diálogo com PSB e PCdoB

Escrito por Redação ,
Legenda: Lupi diz que avalia possibilidade de isolamento do PDT com a definição 
Foto: Foto: Kleber A. Gonçalves

Com a proximidade da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, conversas de bancadas partidárias e movimentações de pretensos candidatos têm se intensificado em direção a definições. Ontem, a disputa pela Presidência da Casa ganhou outros elementos: o PDT sinalizou apoio à reeleição do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que pode enfraquecer um bloco de oposição, e o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR) entrou na corrida pelo comando da Câmara.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a maioria do partido decidiu indicar apoio à reeleição de Rodrigo Maia, apoiado pelo PSL, do presidente da República, Jair Bolsonaro, e pela maioria dos partidos do Centrão. Maia é o favorito na disputa e, com o PDT, enfraquecerá o campo de oposição a Bolsonaro.

"O partido fez um indicativo de apoio ao nome dele, mas priorizando ainda a conversa com o bloco com PSB e PCdoB", disse Lupi. Segundo ele, a aliança com Maia é "amplamente majoritária" na bancada do pedetista na Câmara Federal.

Lupi pondera, no entanto, que ainda busca um acordo com o PSB e o PCdoB, que agora inclui o PPL. Dirigentes dos partidos devem se reunir na terça-feira para tomar uma posição. Lupi diz que, até lá, o apoio a Maia ainda não está garantido. Ele diz avaliar se o PDT pode se isolar dos outros partidos para apoiar o atual presidente da Câmara.

Avulso

Em outro partido, ontem, o ex-ministro Ricardo Barros comunicou aos colegas que irá disputar a presidência da Câmara. "Meus 30 anos de vida pública e a passagem austera e realizadora pelo Ministério da Saúde me animam a esta jornada. Farei minha inscrição como candidato avulso", diz a mensagem.

A estratégia de PP e MDB é lançar o máximo de candidatos na tentativa de levar a disputa para o segundo turno, quando todos se uniriam contra Maia. Já foram apresentados outros três candidatos avulsos: Fábio Ramalho (MDB-MG), Alceu Moreira (MDB-RS) e Arthur Lira (PP-AL).

A interlocutores, Barros aposta que muitos estão buscando uma alternativa à candidatura de Maia e à predominância do DEM no Governo. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, homem forte do governo, é do DEM.

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