Com impasse, Camilo deve ir à reunião sobre emendas de bancada

A divisão de R$ 248 milhões das chamadas emendas de bancada dividiu parlamentares cearenses nas duas primeiras reuniões. A presença de Camilo e o diálogo pessoal podem acalmar os ânimos e ajudar a resolver a questão

Escrito por Redação , politica@verdesmares.com.br
Legenda: Nas duas primeiras reuniões, o clima esquentou entre os parlamentares cearenses
Foto: Foto: Cláudio Araújo

O clima tenso do início das negociações vai, aos poucos, dando lugar à construção de um consenso no caso da liberação das emendas de bancada ao Orçamento Federal 2020. O líder da bancada cearense, deputado federal Domingos Neto (PSD) diz que, nesta semana, as articulações evoluíram e estão próximas de gerar um acordo, apesar das divergências ainda existentes.

Para tentar resolver a questão em definitivo, na próxima terça-feira, dia 15, a reunião da bancada federal, na qual se espera os 22 deputados e os três senadores, deve contar com a presença do governador Camilo Santana. 

A tese defendida pelo governador é de dividir ao meio o total de recursos disponível para a bancada cearense, R$ 248 milhões. Metade individualmente, por indicação de cada membro da bancada e a outra metade para obras estruturantes do Estado. 

O plano do Governo é investir boa parte dos recursos na construção do Hospital Universitário da Uece, previsto no pacote de intervenções da Saúde. O chefe do Executivo vai defender, mais uma vez, a importância do equipamento. Outra parte será para Segurança e a ideia é que o valor seja investido em comum acordo com os parlamentares.

Para suplantar as divergências, o governador terá que fazer mais articulações e vai ouvir dos parlamentares também algumas reclamações sobre demandas deles que não andaram na administração estadual. “Acho que todos querem um diálogo mais próximo, mas estreito. O governador indo será uma boa sinalização. A construção do consenso é prioridade”, diz o líder da bancada, Domingos Neto (PSD), ao acrescentar que o sentimento do grupo é o de que faltava mesmo aproximação com o próprio governador Camilo.

Maioria

Pelas regras do Orçamento, para que sejam aprovadas as emendas de bancada é preciso votação com dois terços do Senado, dois dos três senadores, e três quartos da Câmara, ou seja, apoio de 17 dos 22 deputados federais. Mas, segundo o coordenador, a ideia é construir por consenso. 

“Nós estamos tentando fazer diferente. A metade dos recursos iria para o Estado, mas os parlamentares participam da elaboração das prioridades. Esse é o tipo de coisa que não se resolve no voto, mas sim no diálogo, na busca pelo consenso”, observa o parlamentar, ao reforçar que há divergências, mas que está próximo a um acordo entre as lideranças.

Domingos Neto lembra ainda que até o momento, praticamente nenhuma das bancadas federais tem algo fechado sobre as emendas de bancada que são impositivas, ou seja, são de liberação obrigatória pelo Governo Federal.

Desde a semana passada, o clima esquentou em duas reuniões para tratar do assunto. Nas duas oportunidade não havia consenso nem mesmo na base aliados do governador. A presença de Camilo pode acalmar os ânimos na bancada federal.

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