Cid Gomes defende outro nome para líder do PSB

Escrito por Redação ,
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Governador quer discutir com correligionários uma alternativa à indicação da deputada Ana Arraes/PE

O governador Cid Gomes defendeu, ontem, que o líder do PSB na Câmara dos Deputados seja um parlamentar da agremiação oriundo do sul do País (Sudeste, Sul ou Centro-Oeste), devido a concentração da agremiação nas regiões Norte e Nordeste.

As declarações do governador após almoço realizado, ontem à tarde, no Palácio da Abolição com 18 dos 22 deputados federais da bancada cearense que selaram apoio à recondução do deputado federal Marco Maia (PT/RS) para a Presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro.

Hoje, ao meio dia, Cid reúne novamente a bancada para discutir projetos para o Estado. Também há informações de que o encontro visa discutir os espaços do Estado no s cargos de segundo e terceiros escalões do Governo Federal.

Liderança

O posicionamento de Cid vai de encontro ao objetivo do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, indicou sua mãe ao referido posto, a deputada Ana Arraes, filha do ex-governador daquele Estado, Miguel Arraes.

De acordo com Cid Gomes, a reunião busca um nome que possa "dará mais representatividade da bancada do PSB na Câmara dos Deputados, ver quem são as opções", embora tenha classificado Ana Arraes como uma política respeitada e querida na agremiação.

No segundo momento, quando novamente questionado sobre o referido tema, o governador cearense defende a escolha de um parlamentar do sul do País para líder do partido.

"Eu defendo isso já há algum tempo que a liderança do partido fique a cargo de alguém da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste porque o PSB já tem uma representação muito forte de governadores no Nordeste, inclusive o presidente nacional é desta região, então por isso acho importante que se compartilhe esses espaços no partido", argumentou Cid Gomes,

Nas últimas eleições, o PSB elegeu seis governadores, apenas um é do Sul do País: Renato Casagrande (Espírito Santo). Além de Cid e Eduardo Campos, os demais gestores são Wilson Martins (Piauí), Camilo Capiberibe (Amapá) e Ricardo Coutinho (Paraíba).

Reunião

O almoço da bancada e o governador Cid Gomes com a bancada federal só não contou com as presenças dos deputados federais Aníbal Gomes (PMDB), Raimundo Matos (PSDB), Mauro Benevides (PMDB) e Vicente Arruda (PR). Todos autorizaram a colocar seus nomes na lista de apoio a Marco Maia para presidente da Câmara.

PROPOSTAS

Maia busca controle para Medidas Provisórias

O presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu a redução do número de medidas provisórias enviadas por parte do Governo Federal.

Maia explicou ainda os desafios para próxima legislatura em projetos para erradicação da pobreza e as questões econômicas mundiais que poderão afetar ao País, citando a guerra cambial. O presidente da Câmara dos Deputados também defendeu uma série de debates para se discutir avanços para a reforma política.

Sobre as medidas provisórias, Marco Maia afirmou que pretende conversar com a presidente Dilma Rousseff a necessidade "dosar" o número de Medidas Provisórias (MPs) enviadas ao Congresso Nacional. Questionado sobre como seria tal dosagem, Maia afirmou que "defendo o equilíbrio. Que nossa pauta tenha espaço para que votemos outras matérias importantes de interesse da sociedade".

Agilidade

Maia destacou ainda que vai manter a dinâmica estabelecida por seu antecessor no cargo, o atual vice-presidente Michel Temer (PMDB) instalando sessões extraordinárias para votar matérias complementares e emendas à Constituição, quando houver trancamento das sessões. "Porque graças a essa medida conseguimos, no fim do ano passado, votar projetos importantes como a ampliação de recursos da Lei Kandir e a prorrogação do Fundo de Combate à Pobreza", colocou.

Em relação à reforma política, Maia coloca que o grande desafio é construir acordos onde não existe, como em temas como lista partidária e financiamento público de campanha.
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