“Caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o Governo”, diz vice

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), disse em entrevista, neste domingo (20), que o caso envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) não é assunto do governo

Escrito por Redação ,

Para o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), o caso envolvendo movimentações financeiras atípicas do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não é assunto do Governo. A declaração foi dada à agência de notícias Reuters, ontem (20).

"É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o Governo", disse Mourão, que assume interinamente a Presidência da República até a próxima quinta-feira (24), enquanto Jair Bolsonaro participa do Fórum Econômico Mundial, na Suíça.

Mourão defende que é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de tirar conclusões a respeito das denúncias envolvendo o filho do presidente.

Conta suspeita

Flávio Bolsonaro é investigado na esfera cível da Justiça do Rio de Janeiro por suspeita de movimentação atípica detectada pelo Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf).

Segundo reportagens do Jornal Nacional, da TV Globo, o Coaf identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual.

Ontem, o jornal O Globo destacou ainda que o ex-assessor Fabrício Queiroz chegou a movimentar em sua conta, além de 1,2 milhão de reais já divulgados, outros 5,8 milhões de reais, totalizando 7 milhões de reais em três anos.

Procurada, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro disse que o senador eleito não comentaria o assunto.

Ex-assessor

Um relatório anterior do Coaf apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

O Conselho informou que foi comunicado das movimentações de Queiroz pelo banco porque elas são "incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira" do ex-assessor parlamentar.

O relatório também cita que foram encontradas na conta transações envolvendo dinheiro em espécie. O ex-assessor já foi convocado para depor no Ministério Público duas vezes, mas não compareceu, alegando problemas de saúde. Flávio Bolsonaro também já foi convocado para depor, mas não compareceu.

Suspensão

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, acatou pedido de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e suspendeu temporariamente, na última quarta-feira (16), a investigação criminal do Ministério Público do Rio de Janeiro.

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse em entrevista, ontem, que é preciso aguardar o andamento das investigações sobre o caso envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)

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