Candidatos têm apostas distintas para rádio e TV

O horário eleitoral gratuito tem início, hoje, com os candidatos a senador, deputado estadual e governador

Escrito por Redação ,
Legenda: A ordem dos programas foi apresentada pela juíza Daniela Rocha, do juizado auxiliar da propaganda do TRE, a partidos e emissoras no dia 24
Foto: Foto: Cid Barbosa

Na primeira eleição geral em que o impulsionamento pago de publicações em redes sociais, além de outras possibilidades e restrições legais dentro e fora da internet, dão novos contornos à propaganda eleitoral desde o dia 16 de agosto, quando teve início a campanha deste ano, a veiculação dos programas dos candidatos no horário eleitoral gratuito em rádio e televisão, que começa hoje, ainda figura no rol das principais estratégias de conquista do eleitorado por algumas candidaturas. As que têm menos tempo no rádio e na TV, porém, buscam outros meios para, mesmo diante da distribuição, que apontam como injusta, chegar ao eleitor.

Nesta sexta-feira (31), das 7h às 7h25, começa no rádio o primeiro bloco de propaganda para candidatos aos cargos de senador, deputado estadual e governador. Na mesma ordem, um segundo bloco é transmitido das 12h às 12h25. À tarde, os programas ocupam a televisão em outros dois blocos: o primeiro das 13h às 13h25 e, à noite, entre 20h30 e 20h55. De acordo com a legislação eleitoral, será assim às segundas, quartas e sextas até a antevéspera do primeiro turno. Já às terças, quintas e sábados, serão veiculados os programas dos candidatos a presidente e a deputado federal.

INFO

Estratégias

Dentre os seis candidatos ao Governo do Estado, o que detém a maior fatia do tempo de rádio e TV é Camilo Santana (PT), que busca a reeleição. Ele diz que vai aproveitar o início dos programas para mostrar o que o Estado fez diante da crise econômica e hídrica nos últimos anos, além de ações que pretende executar caso seja reeleito. "A campanha vai começando a pegar ritmo e, com o programa eleitoral, o calor das ruas, a empatia começa a ampliar", declara.

O candidato do PSDB, General Theophilo, é o que tem o segundo maior tempo de propaganda. Segundo o marqueteiro da campanha do tucano, Einhart Jácome, a primeira fase dos programas será voltada à "apresentação" do candidato, que é "novo, mas muito bom do ponto de vista de currículo". "Ele já conseguiu antes, na televisão, aumentar o grau de conhecimento, obviamente. Agora, a gente já vai para um canhão, a televisão e o rádio, que são muito fortes".

Ailton Lopes, candidato do PSOL, tem o terceiro maior tempo, embora distante dos dois primeiros. Ele detalha que os programas têm sido elaborados pela militância e produzidos com o apoio de uma produtora audiovisual. Para Ailton, a desigualdade da distribuição de tempo entre candidatos, porém, é um "massacre à democracia". "É ultrajante. Tem só seis candidatos ao Governo do Estado. Tem dois candidatos que têm nove segundos. Eu tenho quase o dobro deles. Aí você vê o Camilo, que tem 30 vezes mais que a gente".

Adaptação

Já o candidato do PSL, Hélio Góis, teve de refazer algumas gravações, porque projetava ter 15 segundos de propaganda, mas acabou tendo direito a apenas dez. A estratégia inicial, executada por um publicitário, era dividir os programas a partir dos três eixos do plano de governo da legenda, mas, com o pouco tempo, o postulante conta que a prioridade é "convocar o nosso eleitor para conhecer mais das nossas propostas".

Os programas do candidato do PSTU, Francisco Gonzaga, têm sido elaborados pelo próprio postulante em conjunto com o assessor do partido, Deyvis Barros, que explica que, para as gravações, a sigla tem contado com uma produtora audiovisual formada por apoiadores. O candidato do PCO, Mikaelton Carantino, não foi localizado pelo Diário do Nordeste até o fechamento desta matéria.

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