Bolsonaro tem 'perfeitas condições' de ir à ONU, afirma Mourão

Após cirurgia, a equipe do presidente atua para garantir a presença dele na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ontem, o porta-voz da Presidência afirmou que o chefe do Executivo "está bem disposto" e se recupera bem

Escrito por Redação , politica@verdesmares.com.br
Legenda: Na quinta-feira, a equipe médica decidiu manter o presidente em repouso por mais tempo
Foto: Foto: Agência Brasil

A equipe do Palácio do Planalto quer garantir a presença do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York (EUA), no próximo dia 24, e, ontem, membros do Governo Federal deram sinais otimistas de que o objetivo deve ser alcançado. Ontem, o presidente interino, Hamilton Mourão, disse que conversou com integrantes da equipe médica do presidente, os quais informaram que a cirurgia realizada no último domingo (8) "não vai interferir na viagem dele" aos EUA.

Na quinta-feira (12), o período de afastamento de Bolsonaro do comando do Palácio do Planalto foi prolongado por mais quatro dias. A previsão inicial era que ele reassumisse o posto ontem. Por recomendação médica, no entanto, o vice seguirá como interino até terça-feira (17).

"Essa extensão do repouso dele é exatamente para ele estar em boas condições para, no outro fim de semana, poder viajar", disse o general. "Acho que ele tem perfeitas condições. Eu já conversei com alguns médicos e todos eles me disseram que isso não vai interferir na viagem dele", acrescentou.

Mourão ressaltou que Bolsonaro deve "falar o mínimo possível" para acelerar a recuperação. Na tentativa de mostrar que está bem de saúde, o presidente fez na quinta-feira (12) uma transmissão ao vivo para as redes sociais.

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio do Rêgo Barros, disse ontem que, apesar do adiamento da volta de Bolsonaro, seu quadro clínico "evolui positivamente" e que ele caminhou duas vezes pelo quarto. Na semana passada, em meio às tensões internacionais causadas pelos incêndios na Amazônia, o presidente ressaltou que compareceria à reunião mundial nem que fosse de cadeira de rodas.

Avaliação

O presidente foi internado no sábado (7) e passou por cirurgia para a correção de uma hérnia no domingo (8), no Hospital Vila Nova Star, na região sul de São Paulo. No dia seguinte, Bolsonaro passou a se alimentar com uma dieta líquida, mas, na terça (10), foi colocada a sonda e a alimentação voltou a ser feita pelas veias. Ontem, ele retomou a dieta líquida.

Um pouco antes da viagem para Nova York, ele deverá passar por uma avaliação com o médico Antônio Luiz Macedo. Como de costume, o presidente brasileiro é o responsável por fazer o discurso de abertura do encontro, que começará dia 24. Segundo o porta-voz, mais importante do que reassumir a Presidência neste momento, seria ter ele pronto para assumir na plenitude os deveres legais como chefe do Poder Executivo.

Segundo Rêgo Barros, Bolsonaro também expressou solidariedade com as vítimas do incêndio no Hospital Badim, no Rio de Janeiro. "O presidente coloca o Governo Federal à disposição", disse.

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