Bolsonaro estima em 1 mês tempo para coleta de assinaturas digitais

Presidente disse que, na próxima semana, o Aliança pelo Brasil começa a obter assinaturas para criar novo partido. Falta uma definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a validade de adesões feitas por meios eletrônicos

Escrito por Redação ,
Legenda: Presidente rompeu com o PSL após divergências
Foto: Foto: AFP

O presidente Jair Bolsonaro deu ordem para, a partir da próxima semana, ser iniciada a coleta de assinaturas para criar seu partido, o Aliança pelo Brasil. Ontem, ele afirmou que se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovar o uso de assinaturas eletrônicas, ele forma a legenda em um mês.

"Terça ou quarta, está prevista a coleta ou não eletrônica, se for positivo eu formo em um mês o partido, se não for, vai demorar aí alguns meses, longos meses", afirmou.

Bolsonaro também comentou sobre a possibilidade de assinatura biométrica, hipótese levantada pelo advogado Admar Gonzaga, que está conduzindo o processo de criação do partido junto com a também advogada Karina Kufa.

"Se passar só para biometria também ajuda, acho que a maior parte dos eleitores estão na biometria, daí a gente resolve isso aí", disse o presidente da República.

Atualmente, a coleta e validação das 491 mil assinaturas exigidas por lei é feita de forma física. Na quinta, Bolsonaro afirmou que a nova legenda não vai participar das eleições municipais de 2020 se não houver assinatura eletrônica.

Número 38

Quanto ao número escolhido para o Aliança Pelo Brasil, o 38, surgiu uma incerteza. O número já foi escolhido por outra sigla em formação: o Partido Militar Brasileiro, que está em fase final de criação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Não vamos abrir mão do número, quem conseguir homologar primeiro fica com o 38", afirmou o deputado Capitão Augusto (PL-SP), articulador da nova legenda. Augusto é o coordenador da bancada da bala na Câmara dos Deputados.

O parlamentar explica que a escolha do número - uma referência ao calibre de um dos revólveres mais utilizados no Brasil, popularmente chamado de "três oitão" - foi feita por meio de uma enquete entre apoiadores.

"Ganharam o 38 e o 64", contou Augusto dizendo que a outra opção de número foi uma homenagem a 1964, ano de instauração da Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil, que o deputado chama de "revolução que salvou o País do comunismo".

"Se o partido do presidente pegar o 38 primeiro, ficamos com o 64", afirmou. O Partido Militar Brasileiro chegou a ser procurado por emissários de Bolsonaro como possível destino do presidente e seus aliados em meio ao racha no PSL, pelo qual o presidente se elegeu em 2018. O pedido de criação da agremiação militar foi protocolado em fevereiro de 2018.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.