Bolsonaro é submetido à cirurgia; hospital tem sala para o Governo

O procedimento de reconstrução do trânsito intestinal está confirmado para a manhã desta segunda-feira (28), no Hospital Albert Einstein (SP). A previsão é que o presidente reassuma o posto 48 horas depois da cirurgia, em uma sala preparada pelo GSI

Escrito por Redação ,
Legenda: O presidente Jair Bolsonaro deve ficar internado por 10 dias após a cirurgia desta segunda-feira
Foto: Foto: AFP

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República montou um gabinete ao lado do quarto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para que ele consiga orientar os órgãos de Brasília e, mediante autorização médica, receber ministros enquanto se recupera da cirurgia a qual será submetido nesta segunda-feira (28). Este procedimento, de retirada de uma bolsa de colostomia, é o terceiro desde que Bolsonaro foi vítima de uma facada em ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro de 2018.

O porta-voz do governo federal, o general Otávio Santana do Rêgo Barros, disse neste domingo (27), em entrevista coletiva a jornalistas no hospital Albert Einstein, que o presidente está tranquilo para ser submetido à cirurgia que ocorrerá pela manhã, em horário a ser definido. "Ele está tranquilo, à espera do jogo do Palmeiras", brincou na ocasião.

Os exames pré-operatórios laboratoriais e de imagem do domingo apresentaram resultados normais. Bolsonaro ficará em repouso absoluto nas 48 horas seguintes ao procedimento. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) será o presidente em exercício neste período, além de assumir a função durante a cirurgia. A previsão da equipe médica é que Jair Bolsonaro fique 10 dias internado.

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Participarão da cirurgia o cirurgião Antônio Luiz Macedo e o clínico e cardiologista Leandro Echenique, além de médicos da Presidência da República e outros profissionais. O procedimento será acompanhado pelo diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo.

Foram a São Paulo com Bolsonaro o seu vice, o filho Eduardo, a primeira-dama, Michelle, e o porta voz do governo, general Otávio Santana do Rêgo Barros. Os ministros só irão ao Estado nos próximos dias caso precisem despachar com o presidente.

Durante o dia, o presidente recebeu a visita do empresário e amigo Fábio Wajngarten, que ajudou a articular, com o embaixador de Israel, Yossi Shelly, e com o Planalto, a vinda da ajuda humanitária para as vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, ocorrida na última sexta-feira (25).

Ao longo do domingo, o presidente acompanhou a situação de Brumadinho do hospital, e elogiou a atuação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Em vídeo gravado no quarto do hospital e vestindo uma bata azul, Bolsonaro disse que a tragédia de Brumadinho "afeta a todos nós e nós somos solidário às famílias das vítimas". Ele lembrou que sobrevoou a região no sábado, e que os ministros já haviam tomado as medidas necessárias para "minorar a dor dos familiares e dar apoio aos sobreviventes".

Sobre a cirurgia, Bolsonaro disse, no vídeo publicado no Twitter: "Amanhã (segunda), a partir das sete da manhã, devo ser submetido a cirurgia para retirada da bolsa de colostomia. Deve durar por volta de três horas, mas se Deus quiser, correrá tudo bem". Ele agradeceu por orações.

O vice Hamilton Mourão disse estar confiante numa rápida recuperação de Bolsonaro. "O presidente vai voltar zerado", disse. "Estou muito otimista". Na terça-feira (29), ele chefiará uma reunião ministerial no Planalto, onde discutirá principalmente sobre as ações do governo na área atingida pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.

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