Base tem mais de 100 nomes que outros blocos

Siglas governistas oficializaram 478 candidatos à Câmara e à AL. Opositores e independentes têm 337

Escrito por Redação ,
Legenda: O TRE-CE recebeu, até a última quarta-feira (15), 866 pedidos de registro de candidatura, número que ainda pode sofrer alterações
Foto: Foto: Fernanda Siebra

Encerrado o prazo para registro de candidatura ao pleito deste ano, o governador Camilo Santana (PT), candidato à reeleição, foi aquele que conseguiu aglutinar o maior número de legendas e candidaturas em torno de sua postulação. O petista tem ao seu lado pelo menos 24 das 35 siglas partidárias em disputa no Ceará. Apenas 11 partidos fazem oposição a ele ou atuam de forma independente na campanha eleitoral. Na disputa proporcional, legendas aliadas oficializaram 478 candidatos a deputado federal e estadual. Já opositores e independentes apresentaram ao menos 337 nomes.

> Preocupação com reações do eleitorado neste ano
 
A coligação "Por um Ceará cada vez mais forte" reúne, em torno da candidatura do atual chefe do Poder Executivo, pelo menos 16 partidos políticos, das mais diferentes matizes ideológicas. Estão compondo com o petista os seguintes grêmios: PT, PDT, PP, PSB, PR, PTB, DEM, PCdoB, PPS, PRP, PV, PMN, PPL, Patri, PRTB e PMB.

Somente com os seis maiores partidos da coligação governista em número de deputados federais, Camilo terá mais de seis minutos de propaganda em rádio e televisão, permitida pela legislação eleitoral a partir do dia 31 de agosto. Além das 16 legendas que compõem a chapa majoritária, o governador tem, ainda, o apoio informal de oito agremiações que dão suporte à candidatura do senador Eunício Oliveira (MDB), que também tenta reeleição. São elas: MDB, PHS, Avante, Solidariedade, PSD, PSC, Podemos e PRB, totalizando 24 partidos no arco de aliança governista, ainda que sem coligação formal.

Oposição

Candidato do PSDB a governador, o General Guilherme Theophilo conseguiu atrair para sua postulação apenas o PROS, que no Ceará é presidido pelo deputado estadual Capitão Wagner. A coligação "Tá na hora de mudar" garante quase dois minutos ao tucano na propaganda eleitoral em rádio e TV. Embora sejam aliados, os dois partidos, porém, não estão coligados na disputa proporcional.

Outra coligação formada no Ceará, a "Frente de esquerda socialista", é constituída por PCB e PSOL, e tem como candidato a governador o socialista Ailton Lopes. Ele terá 19 segundos no rádio e na televisão. Hélio Gois (PSL), Francisco Gonzaga (PSTU) e Mikaelton Carantino (PCO) não conseguiram formar coligações majoritárias e estão isolados na disputa deste ano. Gois deve ter ao menos 16 segundos de tempo de TV, enquanto Gonzaga terá 11 segundos.

Para a eleição a duas vagas no Senado em disputa no Ceará, foram apresentados 13 concorrentes, além de seus respectivos suplentes. No entanto, somente quatro coligações estão formalizadas para esta disputa. Uma delas tem como candidatos Eunício Oliveira, do MDB, e José Bardawil, do Podemos. A coligação "A força do povo" é formada por MDB, PHS, Avante, Solidariedade, PSD, PSC, Podemos e PRB. José Bardawil foi o único dos 13 candidatos ao Senado, porém, que não apresentou à Justiça Eleitoral o nome de seus dois suplentes, mas apenas um.

A maior coligação é composta por 16 partidos (PT, PDT, PP, PSB, PR, PTB, DEM, PCdoB, PPS, PRP, PV, PMN, PPL, Patri, PRTB, PMB) e tem apenas uma candidatura, a do ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT). Recebeu mesma denominação da coligação encabeçada pelo governador Camilo Santana, "Por um Ceará cada vez mais forte".

A coligação "Tá na hora de mudar" tem como representantes os candidatos ao Senado Luís Eduardo Girão (PROS) e Dra. Mayra (PSDB). A "Frente de esquerda socialista", por sua vez, lançou Anna Karina e Jamieson Simões, ambos do PSOL. Também foram lançadas as candidaturas de Alexandre Barroso (PCO), Dr. Márcio Pinheiro e Pastor Pedro Ribeiro, do PSL; além de João Saraiva (Rede), Robert Burns (PTC) e Magela (PSTU).

As coligações proporcionais da base de Camilo Santana também lideram a quantidade de candidaturas registradas na disputa eleitoral deste ano, totalizando 478 candidatos a deputado federal e estadual. A oposição e aqueles partidos que estão na disputa de forma independente, por sua vez, apresentaram à Justiça Eleitoral, para o pleito, pelo menos 337 nomes.

Câmara

Ao menos 124 candidatos a deputado federal dão sustentação à postulação majoritária do governador do Estado. A coligação "Em defesa do Ceará", formada por PT, PCdoB, PP, PV, PR, PMN, reuniu 30 postulantes, sendo três do PP e 12 do PT, dentre eles Luizianne Lins, Rachel Marques, Zé Airton Cirilo e Guimarães. Outros dois do PV, três do PCdoB, incluindo Inácio Arruda e Chico Lopes, quatro do PMN e cinco do PR, dentre eles Gorete Pereira e Vicente Arruda.

A coligação constituída por MDB, PHS, Avante, SD, PSD, PSC, Podemos e PRB apresentou 32 nomes, sendo seis do Avante, dois do Podemos, nove do MDB, cinco do PHS, cinco do PSD, dois do Solidariedade, um do PSC e um do PRB. PDT, PTB, DEM, PSB, PRP e PPL lançaram 30 candidatos, a maioria da sigla pedetista (14), além de seis do DEM, três do PRP, três do PPL, dois do PTB e dois do PSB. Já PRTB, PPS e Patriota lançaram, juntos, 32 nomes à Câmara.

A oposição, por outro lado, constituiu apenas duas coligações. Uma formada por PSL e DC, denominada "Juntos para renovar", com 33 candidatos, e a outra, constituída por PSOL e PCB, que formam a "Frente de esquerda socialista". Essa coligação apresentou 25 nomes, sendo somente um do PCB. O PROS, isolado, lançou 29 nomes, e o PSDB, por sua vez, somente 13.

PCO e PSTU apresentaram somente um nome para deputado federal cada, enquanto o Novo lançou seis. A Rede Sustentabilidade vai para a disputa com 15 candidatos à Câmara, enquanto o PTC terá somente quatro.

Deputado estadual

Ao menos 354 candidaturas à Assembleia Legislativa também foram oficialmente registradas e estão alinhadas à candidatura de Camilo Santana. PPS, PRTB e PPL lançaram 54 nomes à disputa, assim como PT, PV e PSB. Já PCdoB e PTB, com a coligação "Trabalho, dignidade e luta" apresentaram 34 nomes.

Outros cinco partidos - PP, PDT, PR, DEM e PRP - devem ir para a disputa com 58 candidatos, enquanto o Patriota, isolado, irá com 52 postulantes. PMN, também sozinho, apresentou 33 nomes nesta campanha eleitoral. A coligação MDB, PHS, Avante, SD, PSD, PSC, Podemos e PRB registrou chapa completa, com 69 candidatos.

A "Frente de Esquerda Socialista", formada por PSOL e PCB, por sua vez, indicou 33 nomes para disputar vagas na Assembleia Legislativa. PSL e DC, com a coligação "Juntos para renovar", indicou 69 candidatos, enquanto o PROS, sozinho, registrou 64 postulantes a deputado estadual. O PTC vai com 13 candidaturas, o PSDB tem 19, e o PSTU tem cinco. A Rede vai com seis e o PCO com apenas uma.

Fique por dentro

Orçamento das campanhas em planejamento

Até ontem, ainda estava sendo planejado, inclusive com a assessoria jurídica e financeira das coligações, o orçamento das campanhas. No site de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (Divulgacandcontas), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), todos os seis postulantes ao Governo do Estado ainda declaram o limite legal estipulado pela legislação eleitoral, sendo de R$ 9,1 milhões para o primeiro turno e R$ 4,5 milhões para o segundo turno.

Para as disputas aos cargos de governador e senador, o limite de gastos varia de acordo com o eleitorado de cada unidade da Federação. São Paulo tem maior teto de gastos para a campanha a governador (R$ 21 mi no primeiro turno e R$ 10,5 mi no segundo turno). Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm como limites de gastos R$9,1 milhões neste primeiro momento, e R$ 4,55 milhões no segundo turno.

Coligações

Composições formadas para a disputa majoritária:

POR UM CEARÁ CADA VEZ MAIS FORTE: PT, PDT, PP, PSB, PR, PTB, DEM, PCdoB, PPS, PRP, PV, PMN, PPL, Patriota, PRTB e PMB.

A FORÇA DO POVO: MDB, PHS, Avante, Solidariedade, PSD, PSC, Podemos e PRB.

TÁ NA HORA DE MUDAR: PSDB e PROS.

FRENTE DE ESQUERDA SOCIALISTA: PSOL e PCB.

Fonte: Divulgacão

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