Bancada da Segurança será metade da oposição a Camilo

A bancada crítica ao governador tem leve alta de sete para oito parlamentares, mas o perfil dos eleitos pode causar mais dificuldade à base governista

Escrito por Miguel Martins , miguel.martins@diariodonordeste.com.br

Ao longo dos últimos 12 anos, desde a ascensão ao Governo do Estado do grupo liderado por Cid Gomes, a oposição perdeu força. E o resultado das urnas do último domingo confirmou essa tendência. Para a próxima Legislatura, a ser iniciada no dia 1º de fevereiro de 2019, pelo menos oito parlamentares sinalizam ocupar a bancada oposicionista, porém pretendem atuar de forma propositiva.

Após disputa acirrada nas Eleições 2014, em que Camilo Santana venceu Eunício Oliveira no 2º turno, opositores do governo ganharam corpo: ao menos 13 eleitos. A bancada de contestação, porém, foi sendo reduzida ao longo dos últimos dois anos com a adesão de partidos à gestão Camilo, restando seis membros.

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Atualmente, só Capitão Wagner, Carlos Matos, Heitor Férrer, Renato Roseno, Roberto Mesquita e Fernanda Pessoa seguem na Assembleia. Apesar de crítico, Ely Aguiar se diz "independente". Desses, só Roseno, Fernanda e Heitor foram reeleitos.

No entanto, eles devem contar com o apoio de outros parlamentares eleitos que tendem a fazer coro. André Fernandes e Delegado Cavalcante, ambos do PSL, Vitor Valim e Soldado Noélio, do PROS, e Nelinho (PSDB). Metade dos opositores tem perfil eleitoral de atuação na área da Segurança Pública e violência.

Propositivos

Entre os novatos, Soldado Noélio confirma que vai se opor ao governo. No entanto, atuará de forma propositiva, inclusive, disse, aprovando matérias do Executivo que sejam de interesse da população. André Fernandes, em entrevista recente ao Diário do Nordeste, também confirmou oposição a Camilo e atuação mais voltada para a área de Segurança Pública. Vitor Valim, eleito para a Assembleia pelos próximos quatro anos, disse que buscará fazer oposição propositiva.

No meio dos veteranos, Roseno vai manter a mesma pauta: Direitos Humanos, com ênfase na prevenção de homicídios na adolescência, além de discussão sobre meio ambiente no que diz respeito ao semiárido e direito à água. Heitor Férrer, também reeleito, disse que vai manter sua posição crítica e ser de oposição. O parlamentar foi opositor aos governos de Cid Gomes, e também o foi durante o primeiro mandato de Camilo Santana.

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