Até líder do Governo admite falta de base política para votações

Deputado Major Vítor Hugo (PSL-GO) reconhece as dificuldades na Câmara

Escrito por Redação ,
Legenda: Líder do Governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL), vê clima favorável para a discussão da Nova Previdência
Foto: Foto: Estadão Conteúdo

O Governo Bolsonaro reconhece as dificuldades para formar uma base aliada ao Executivo no Congresso Nacional e votar as pautas de interesse do presidente, como a proposta de reforma da Previdência.

O líder do Governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou, ontem, que há um clima favorável para a discussão da Reforma, mas admite empecilhos.

"A gente tem de lembrar que o presidente foi eleito com a coligação de dois partidos apenas, e também não houve loteamento dos ministérios", diz o líder do Governo.

"A base hoje não é algo pré-formatado como em outros governos, quando você tinha 39 ministérios e o presidente eleito contava com mais de dez partidos", compara.

Major Vitor Hugo enfatizou que há uma pauta extensa a ser votada, e a base formada para a reforma da Previdência será importante para outras propostas. "Temos pautas importantíssimas para discutir ao longo dos quatro anos de mandato do presidente, como a reforma Tributária, algum aprofundamento da reforma Política, as privatizações, os projetos de lei que visam fomentar o desenvolvimento da infraestrutura, as propostas de costumes, da segurança pública", comentou.

Para discutir temas como os citados pelo líder do Governo, a Câmara inicia amanhã a instalação das comissões permanentes da Casa. A primeira delas será a Constituição de Justiça e de Cidadania (CCJ), que deve ser presidida por Felipe Francischini (PSL-PR).

Críticas

Líderes da Câmara criticaram a articulação do Governo. O líder do PRB, Jhonantan de Jesus (RR), disse que, do jeito como está posta hoje, seu partido votaria contra a PEC. "Não há base ainda para aprovar a Previdência. Há apenas os votos do PSL". Já o líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), chamou de "escandalosa" a tentativa do Governo de negociar cargos para aprovar a Nova Previdência.

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