Aliados de Camilo estão preocupados

Embora os dirigentes do PDT tivessem encontro no dia de ontem, a expectativa e de que as definições vão demorar

Escrito por Redação ,
Legenda: Deputados federais Genecias Noronha e Domingos Neto. Entre eles Domingos Filho, e na ponta o prefeito de Juazeiro Norte, no Abolição
Foto: FOTO: FABIANE DE PAULA

Presidentes do Solidariedade (SD), PTB e PSD, partidos da base do governador Camilo Santana (PT),passaram boa parte da manhã de ontem, no Palácio da Abolição, para serem recebidos pelo chefe da Casa Civil, Nelson Martins, em busca de informações quanto à formação das coligações proporcionais. Eles também queriam saber como ficará a situação do MDB do senador Eunício Oliveira, visto que a tendência é que a legenda fique isolada na disputa majoritária.

Todos os partidos aliados estão em busca de uma coligação que melhor atenda os seus interesses no pleito deste ano, e em meio a uma aliança com mais de 20 agremiações fica difícil encontrar um denominador comum que agrade a todos. O Partido Democrático Trabalhista (PDT) tinha uma reunião ontem à noite, enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT), marcou para hoje mais um encontro antes da convenção do próximo domingo.

Na manhã de ontem, no Palácio da Abolição, estiveram presentes os dirigentes do PTB, PSD e SD, respectivamente, o prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra; e os deputados federais Domingos Neto e Genecias Noronha. Líder do PSD no Estado, o ex-vice governador Domingos Filho também esteve presente, assim como o deputado federal Aníbal Gomes e o ex-deputado Neto Nunes. Eles demoraram muito para serem recebidos.

Segundo o secretário Nelson Martins, após Encontro de Táticas Eleitorais do PT, e jantar palestra do governador Camilo Santana, o próximo passo é organização das convenções e detalhamento das coligações proporcionais. "Temos que definir isso até, no máximo, sábado, e os partidos estão conversando entre si e conosco, buscando a melhor coligação", disse Martins.

No Palácio da Abolição, ontem, próximo ao gabinete do governador Camilo, a sensação dos dirigentes partidários era de ansiedade diante a indefinição das chapas a menos de cinco dias do prazo final para realização das convenções partidárias e homologação dos nomes que comporão as chapas majoritárias e proporcionais.

O presidente do PSD, Domingos Neto, chegou a ironizar a reunião de ontem. "Olha, eu acho que está é bom essa reunião em plena terça-feira. No passado eles nos chamavam na sexta-feira à noite". O deputado federal Genecias Noronha disse que o SD não terá dificuldades em se coligar com qualquer um dos partidos da base governista, mas ressaltou que fará esforço para estar ao lado do PSD.

Senado

O interesse, segundo afirmou Domingos Neto, é recíproco. Já Arnon Bezerra, do PTB, ressaltou que desde sempre ele esteve ao lado da coligação governista, e isso deve se repetir no pleito deste ano. Líder do PSD, o ex-vice governador Domingos Filho afirmou que a reunião de ontem era a primeira a ser realizada diretamente com o Governo que tem como tema principal a definição de coligações.

Segundo ele não há objeção a qualquer partido, mas existe um acordo preestabelecido de que PSD e SD farão esforço para estarem juntos. "Vamos começar agora as conversas iniciais. A primeira delas é com o Nelson que está com a grade, e representa o governador".

"Ao Nelson foi confiado a discussão com os partidos para saber o que temos de chapa, os números dos partidos", disse Domingos Neto. Arnon Bezerra, por sua vez, afirmou que seu partido sempre esteve coligado com o PT. Para federal, o partido também tem interesse de estar ao lado do PDT. "A nossa coligação sempre foi junta com a coligação do PT. Nós temos que atender aos anseios do partido e àquilo que nos comprometemos com o Governo", afirmou.

Apesar das diversas reuniões que devem ser realizadas ao longo da semana, o presidente da sigla, deputado André Figueiredo, sinalizou que as decisões só acontecerão véspera da convenção, no domingo próximo. Ele também esteve no Palácio, ontem, mas não falou do encontro dos pedetistas que aconteceria no final do dia. Aliados pedetistas, porém, diziam que ele quer que o partido indique um segundo candidato ao Senado.

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