Toffoli e presidenciáveis defendem urna eletrônica

Fala de Bolsonaro foi rebatida por rivais e pelo presidente do STF, que citaram a segurança das urnas eletrônicas

Escrito por Redação ,
Legenda: Presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, criticou candidato do PSL e lembrou que o deputado federal sempre foi eleito pelo sistema de votação
Foto: FOTO: STF

Brasília/Curitiba. O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rebateu, ontem, às críticas do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) às urnas eletrônicas.

Questionado se é preocupante alguém com um quarto da preferência do eleitorado colocar em dúvida o sistema de votação, Toffoli, que também já foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral foi breve e respondeu: "Ele sempre foi eleito pela urna eletrônica", disse Toffoli.

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Em outro momento, o ministro defendeu a segurança das urnas. "As urnas são totalmente confiáveis. São auditáveis para os partidos, Ministério Público e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)" disse Toffoli.

Toffoli comparou quem acredita em fraudes nas urnas eletrônicas a quem crê num dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro: "Tem gente que acredita em saci pererê".

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, também reagiu às declarações de Bolsonaro. O tucano disse que o candidato do PSL pode estar querendo "justificar uma derrota antecipada".

Polarização

Estagnado nas pesquisas e dentro do discurso de pregar o voto útil, Alckmin disse que vai trabalhar para reduzir o ódio no País e para ser uma opção à polarização entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT). No domingo, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais e disse que poderia haver fraude na eleição, lembrando que sempre defendeu o voto impresso.

Haddad rebateu Bolsonaro. "Quem foi eleito por ele não deveria colocar o processo em dúvida", disse Haddad, em Curitiba, após visitar o Lula na prisão. O candidato petista afirmou que confia na urna eletrônica e que quem levanta suspeitas precisa apresentar evidências.

Por sua vez, o general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa de Bolsonaro, declarou que é preciso "relevar" as últimas declarações do capitão reformado. "Vocês têm que relevar um homem que quase morreu há uma semana, fez duas cirurgias. Vamos relevar o que ele disse", afirmou o general a jornalistas. "Minha posição é o jogo é esse, vamos jogar e vencer no primeiro turno. Quem vencer, venceu. Só tenho pena do Brasil se o PT vencer", complementou o general.