Roberto Rocha vai relatar indicação de Raquel Dodge

Escrito por Redação ,

Brasília. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), escolheu Roberto Rocha (PSB-MA) para relatar a indicação de Raquel Dodge ao cargo de procuradora-geral da República. Eunício fez o convite a Rocha ainda na noite de quarta-feira (28), horas depois de o nome de Dodge ter sido anunciado pelo Palácio do Planalto.

O senador será o responsável por um parecer -que pode ser favorável ou não- à escolha da procuradora para ocupar o cargo pelos próximos dois anos.

O relatório deve ser apresentado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que tem como função sabatinar a candidata. Após apreciação do colegiado, a indicação é analisada pelos 81 senadores em plenário.

O governo agiu com pressa para escolher o substituto de Janot, que acusa o presidente Michel Temer de ter cometido crime de corrupção passiva. 

Eunício foi comunicado da escolha de Dodge no fim da manhã de quarta (28) e na sequência conversou com o presidente da CCJ, senador Edison Lobão (PMDB-MA). À noite, ele recebeu Dodge em seu gabinete para combinar o calendário de sabatina e aprovação. A previsão é de que a sabatina e votação aconteçam no dia 12 de julho, antes do início recesso parlamentar. 

Elogios

Relator da indicação da subprocuradora Raquel Dodge para chefiar a Procuradoria-geral da República, o senador Roberto Rocha (PSB-MA) não poupou elogios, ontem, à escolha feita por Temer. Segundo ele, “a princípio não há motivo para ser contra a indicação”.

“Eu acho que é uma pessoa idônea, com 30 anos de MP, professora da UnB e de Harvard. Um currículo impecável. De modo que tanto ela quanto os outros dois estariam honrando o Ministério Público. Foi uma grande escolha e vamos testemunhar isso na sabatina”, afirmou. 

Embora o PSB tenha saído da base aliada, Rocha tem adotado posições favoráveis ao governo federal, como na votação da Reforma Trabalhista. 

Ao indicar Raquel para substituir Janot, Temer rompeu uma tradição de escolher sempre o mais votado na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República. Em guerra com o atual PGR, o Temer optou pela segunda colocada, em vez do mais votado, Nicolao Dino, aliado de Janot.