Perillo nega relação com Cachoeira

Escrito por Redação ,
Legenda: O governador de Goiás disse não haver envolvimento do governo com a contravenção
Foto: FOTO: AGÊNCIA SENADO
Goiânia O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu ontem seu governo de um suposto envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela PF, no mês de fevereiro, durante a operação Monte Carlo, que investiga a exploração de jogos ilegais em Goiás.

"Não há qualquer envolvimento do governo de Goiás com a contravenção", disse o governador durante entrevista à televisão local.

A chefe de gabinete de Perillo pediu exoneração do cargo após as revelações de que ela recebeu informações de Cachoeira e avisou um prefeito que ele era alvo da Operação Apate, segundo a polícia. A assessoria de imprensa do governador confirmou a demissão dela. Segundo a assessoria, Eliane comunicou Perillo, por escrito, na noite de terça-feira o pedido de demissão.

O governador surpreendeu, no entanto, ao revelar que teve acesso ao relatório dos delegados da PF, sobre as investigações da Operação Monte Carlo. O governador de Goiás evitou entrar em detalhes sobre o pedido de demissão da chefe de seu gabinete, Eliane Pinheiro.

Perillo afirmou, ainda, que determinou ontem ao secretário de Segurança Pública, João Furtado, levantamento das operações de apreensão e destruição de máquinas caça-níqueis, desde o início de seu mandato. "Determinei o combate duro e efetivo à contravenção no Estado", declarou Perillo, que disse estar tranquilo sobre as investigações.

O governador revelou ter recebido apoio de seu partido. Ele citou o nome de Álvaro Dias (PR) e sua determinação em defendê-lo na tribuna. Também relembrou o relacionamento com o senador goianos Demóstenes Torres, ex-DEM.

Demóstenes iria viajar ontem para um sítio para passar o feriado da Semana Santa, segundo o seu advogado, Antonio Carlos Almeida, o Kakay. "Ele vai analisar os documentos que eu lhe entreguei", disse.