Oposição aposta em pressão da base
Brasília. Deputados da oposição apostam na insatisfação da base governista com o não cumprimento de promessas de cargos e liberação de emendas parlamentares pelo Palácio do Planalto para dar seguimento à segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), Temer vai encontrar uma base mais desgostosa durante a tramitação da segunda denúncia, o que pode levar a Câmara a aceitar a abertura do processo.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) avaliou que a nova ação é mais "ampla e robusta" que o primeiro pedido por incluir outros integrantes do PMDB. "É importante que a Câmara dos Deputados não haja como facínora que rouba a verdade ao povo brasileiro", disse.
O senador Álvaro Dias (Pode-PR) chamou de "fulminante" a segunda denúncia. "A imagem do presidente da República está ainda mais fragilizada. As últimas denúncias, últimas prisões, os últimos atos fragilizaram a figura do presidente da República diante da sociedade e diante do Congresso. Certamente custará muito caro ao País a manutenção de seu mandato", afirmou.
"O preço do voto certamente ganha força diante da gravidade desta denúncia", concluiu.